“O corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos D'Ávila, afirmou nesta sexta-feira que as violações dos sigilos de pessoas ligadas ao PSDB teriam supostamente sido feitas a pedido de agentes externos "mediante pagamento de propina".
Ele encaminhará duas representações criminais ao Ministério Público na próxima segunda-feira.
"Há indícios de uma intervenção feita de alguém de fora da Receita Federal e de um suposto balcão de venda de informação", afirmou, descartando, ao lado do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, qualquer motivação eleitoral direta para a violação do sigilo de quatro pessoas ligadas ao PSDB.
Para descartar a vinculação político-eleitoral, a Receita argumenta que outras pessoas, fora da política, também tiveram seus dados fiscais devassados, o que eliminaria, sustentam Cartaxo e D'Ávila, a hipótese.
Segundo ambos, empresários e a apresentadora de TV Ana Maria Braga estão na lista de acessos, junto aos quatro membros do PSDB: Eduardo Jorge Caldas Pereira (vice-presidente do partido), Luiz Carlos Mendonça de Barros (ex-ministros das Comunicações de FHC), Ricardo Sérgio (ex-diretor do Banco do Brasil, também no governo FHC) e Gregório Marin Preciado (casado com uma prima de José Serra, candidato do PSDB à Presidência).
"Essa vinculação, no meu entendimento, não existe", completou. "Não identificamos na nossa investigação qualquer ligação político-partidária".
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Presidente do PT: Oposição não tem projeto e por isso parte para a difamação
“Presidente do PT voltou a criticar Serra devido às acusações contra o PT no caso do vazamento de dados da ReceitaO presidente do PT, José Eduardo Dutra, voltou a criticar o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que tem imputado aos petistas a responsabilidade pelo vazamento de dados fiscais do vice-presidente tucano, Eduardo Jorge. Segundo ele, a oposição não tem projetos para o governo, por isso parte para a “difamação” e “injúria” com “óbvios objetivos eleitorais”.
“Eles não têm projeto e passaram sete anos e meio definindo governo Lula como algo abaixo da critica e algo nocivo ao Brasil, e hoje se constata que só 4% da população compartilha desta opinião, é natural que eles adotem postura errática e acabem descambando para a difamação”, disse.
Para o presidente do PT, Serra deveria “pensar muito” antes de fazer acusações contra o partido e contra a candidata Dilma Rousseff. Ele cobrou um limite para a campanha tucana, que seria o da “ética e do respeito”.
“É natural que todo candidato que está atrás faça ataques e combata quem está na frente. É coisa da política. Mas tem que haver um limite, o limite da ética, o limite do respeito. O limite de não extrapolar para calúnia, difamação e injúria, que é o que aconteceu agora”.
Severino Motta e Adriano Ceolin, iG
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