A proposta apresentada pelo Governo, durante audiência com o SINTE/SC realizada neste 23 de maio, foi rejeitada pelos trabalhadores em Educação. A categoria considerou a proposta “uma afronta” ao magistério, com o governo condicionando um novo diálogo mediante a suspensão da greve.
Conforme a proposta, o vencimento de um professor com formação de magistério é equiparada ao vencimento de um professor de nível superior. Há total achatamento da tabela salarial e destruição da carreira do magistério. Na atual tabela, a diferença entre os dois é de 63%. O governo continuou não respeitando a lei do Piso ao não considerar o Piso como vencimento inicial de carreira.
Ainda hoje, a proposta foi encaminhada à ALESC em formato de Medida Provisória.
A medida taxativa do governo causou revolta nos professores, que prometem manter a greve e intensificar o movimento de paralisação. A partir de amanhã, 24, as assembleias regionais deverão incrementar os protestos e manifestações na defesa do Piso.
“Não vamos apresentar esta proposta à categoria porque é uma afronta aos professores da rede estadual de Educação; desvaloriza os professores, acaba com a carreira do magistério catarinense”, criticou a coordenadora estadual do SINTE/SC, Alvete Bedin.
Cerca de 500 professores acompanharam a audiência concentrados na frente da SED e, quando informados da proposta apresntanda, defenderam a manutenção da greve. Neste 23 de maio, a paralisação do magistério estadual completou seis dias, com a adesão de 90% dos trabalhadores.
A audiência foi realizada na SED com a presença do Comando de Greve do SINTE/SC, incluindo advogado do sindicato e representante da CNTE, o secretário da Educação, Marco Tebaldi; o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps; um representante do secretário da Administração, e um representante do Procurador Geral do Estado.
Fonte- sinte/sc
Tabela demonstra achatamento e desistímulo à formação:
Professora Marta Vanelli, ex-presidente do Sinte, está mostrando como ficaria a remuneração dos professores com o pagamento do piso proposto pelo governo. O achatamento salarial é notório. O desestímulo à formação superior e especializações para subir na carreira, maior ainda. Confira:
Professor com formação de magistério que atua nos Anos Iniciais:
Vencimento inicial 1.187,00
40% regência 474,80
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.993,80
Professor com formação de magistério que atua nos Anos Finais do EF e EM:
Vencimento inicial 1.187,00
25% regência 296,75
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.815,75
Professor com formação de nível Superior que atua nos Anos Iniciais:
Vencimento inicial 1.187,00
40% regência 474,80
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.993,80
Professor com formação de nível Superior que atua nos Anos Finais do EF e EM:
Vencimento inicial 1.187,00
25% regência 296,75
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.815,75
Professor com Pós Graduação que atua nos Anos Finais do EF e EM:
Vencimento inicial 1.267,81
25% regência 316,95
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.916,76
Professor com Mestrado que atua nos Anos Finais do EF e EM:
Vencimento inicial 1.375,41
25% regência 343,85
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 2.051,26
Professor com Doutorado que atua nos Anos Finais do EF e EM:
Vencimento inicial 1.492,05
25% regência 373,01
Premio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 2.197,06
Por: Moacir Pereira – Republicação
Abaixo-assinado pela imediata implantação da Lei 11.738, Piso Nacional dos Professores.
Ao Exmo. Governo e Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina
Nós professores, pais, alunos e sociedade em geral, solicitamos a imediata implantação da Lei 11.738, sancionada em 16 de julho de 2008, que visa o pagamento do Piso Nacional dos Trabalhadores do Magistério Público Nacional, por consequência, estadual.
Como sabemos, os governos dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina entraram com ação de inconstitucionalidade contra o mesmo, todavia, o Supremo Tribunal Federal confirmou a legalidade de tal lei, enfatizando que o piso é o vencimento, sem adicionais como regência de classe e demais abonos.
Em 6 (seis) de abril de 2011, em votação, o STF julgou que os Estados devem pagar o Piso para todos os trabalhadores em educação. Paraná e Rio Grande do Sul acataram a decisão e imediatamente entraram em contato com seus professores, assim como fizeram muitas prefeituras para evitar uma eventual greve.
Sendo assim, nós exigimos que o Estado de Santa Catarina, um dos mais ricos da nação, cumpra a Lei e pague o piso aos professores e demais trabalhadores em educação respeitando seus planos de carreira!
Por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!
Os signatários
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Você internauta também pode fazer o seu papel de cidadão, assinando o abaixo assinado para o governador Raimundo Colombo e também mandando esse texto para a bancada de Deputados Estaduais de SC.
Segue abaixo a lista de emails dos Deputados, lembrem-se, se todos nós fizermos o nosso papel teremos uma educação de qualidade em nosso estado!
aldoschneider@alesc.sc.gov.br, guidi@alesc.sc.gov.br,anapaulalima@alesc
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