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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

@@@ Recordar é viver>>Serra ficha limpa se esqueceu da máfia dos sanguessugas?

O envolvimento de José Serra com a máfia das ambulâncias

Recordando a máfia das ambulâncias, os sanguessugas. Abaixo segue uma reportagem da Istoé feita em 2006 sobre o envolvimento de Serra com a máfia das ambulânicas, os saguessugas, no último mandado da era FHC.



Os Vedoin acusam Serra

Donos da Planam afirmam que o ex-ministro José Serra está envolvido com a máfia das ambulâncias e entregam novos documentos sobre a distribuição de propinas.
Na última semana, os termômetros na capital de Mato Grosso registravam temperaturas superiores aos 35 graus centígrados. Tão quentes quanto Cuiabá são os documentos que os empresários Darci Vedoin e seu filho Luiz Antônio obtiveram junto a bancos para ser entregues à Justiça, ao Ministério Público e à CPI dos Sanguessugas. Ambos são donos do grupo Planam, as empresas flagradas pela Polícia Federal em maio deste ano em um esquema de compras superfaturadas de ambulâncias que foram distribuídas a todo o País. Na ocasião, a PF prendeu 46 pessoas, entre elas os Vedoin, que permaneceram na cadeia por 80 dias.

Na quinta-feira 14, pai e filho fizeram chegar às mãos dos responsáveis pelas investigações uma pasta recheada de novos documentos. ISTOÉ teve acesso a esses documentos com exclusividade. Os mais importantes são extratos bancários que demonstram dezenas de depósitos feitos pelo grupo Planam a pessoas físicas e jurídicas até agora não mencionadas. Com essa documentação, a Justiça, o Ministério Público e a CPI ficam aparelhados para incluir nas investigações sobre a máfia das ambulâncias a efetiva participação dos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri.

“Na época deles o nosso negócio era bem mais fácil. O dinheiro saía muito mais rápido. Foi quando mais crescemos”, diz Darci. “A confiança do pagamento era tão grande que chegamos a entregar cento e tantos carros apenas com o empenho do Ministério, antes de a verba ser liberada.”

Entre os documentos entregues pelos Vedoin está uma relação de emendas feitas no Orçamento da União que acabaram liberadas e atenderam aos interesses da Planam. A papelada indica que entre 2000 e 2004 a Planam comercializou 891 ambulâncias. Dessas, 681, mais de 70%, foram negociadas até o final de 2002, quando Barjas Negri deixou o Ministério da Saúde, após substituir José Serra, que disputara a eleição presidencial.

Para explicar a importância e a contundência do que estão delatando, Darci e Luiz Antônio apresentam um novo personagem na máfia das ambulâncias. Trata-se de Abel Pereira, um empresário da construção civil sediado em Piracicaba, cidade do interior paulista coincidentemente hoje administrada por Barjas Negri. “O Abel falava em nome do ministro Barjas e se tornou o nosso principal operador no Ministério da Saúde a partir do segundo semestre de 2002”, relata Luiz Antônio.

Segundo ele, naquele período houve uma pequena mudança no esquema. “Quando o Serra era ministro as operações eram feitas pelos parlamentares. Quando o Barjas deixou de ser secretário executivo e assumiu o comando do Ministério, Abel passou a ser o responsável pela liberação dos recursos, apesar de não possuir nenhum cargo naquela Pasta.”

Nos documentos bancários aos quais ISTOÉ teve acesso há cópias de pelo menos 15 cheques emitidos pela Klass, uma das empresas dos Vedoin, que teriam sido entregues ao próprio Abel. “Os cheques estão ao portador, mas foram entregues nas mãos dele”, acusa Darci. No total, esses cheques somam R$ 601,2 mil. Um deles, o de número 850182, datado de 30 de dezembro de 2002, tem o valor de R$ 87,2 mil. No mesmo dia, há outros sete cheques, seis deles são de R$ 30 mil e recebem os números de 850183 a 850188.

O cheque 850181, também de 30 de dezembro de 2002, tem o valor de R$ 45 mil. “Depois que eles perderam a eleição, o Abel me procurou e passamos a fazer muitas liberações”, diz Darci. De fato, 2002, último ano da administração tucana, foi o ano em que a Planam mais distribuiu ambulâncias pelo Brasil. Foram 317 no total. No Ministério Público, há quem suspeite que esses seguidos repasses tenham se destinado a pagar despesas da campanha presidencial de 2002. Agora, os procuradores deverão rastrear o destino desses cheques.

Quando o dinheiro não era repassado diretamente para Abel, segundo os Vedoin, as empresas do grupo Planam faziam depósitos em contas de pessoas jurídicas ou físicas, indicadas pelo preposto do ministro. Três depósitos têm chamado especial atenção dos parlamentares da CPI que já tiveram acesso a essa documentação. Trata-se de dinheiro entregue para a Kanguru Factoring Sociedade de Fomento Comercial. A empresa, dona do CGC 003824340/0001-25, encerrou suas atividades em 2003, no começo do governo Lula.

Dois depósitos no valor de R$ 66,5 mil foram feitos em 27 de dezembro de 2002. Três dias antes, há o registro de um depósito de R$ 33,5 mil. Há, porém, outras empresas que serão investigadas. A Datamicro Informática, por exemplo, sediada em Governador Valadares (MG), foi beneficiada com dois depósitos. Um deles, realizado em 19 de dezembro de 2002, é de R$ 70 mil. Também de Minas, foi beneficiada a Império Representações Turísticas. Com sede na cidade de Ipatinga, a empresa recebeu dois depósitos. O maior deles foi de R$ 60 mil, realizado em 18 de dezembro de 2002, na conta corrente 25644-7, do Banco do Brasil.

As relações de Serra e Barjas Negri são estreitas. O atual prefeito de Piracicaba tem enorme trânsito junto à cúpula tucana. Esteve com Serra no Ministério do Planejamento, foi secretário executivo no Ministério da Saúde, ministro da Saúde e, antes de se eleger prefeito de Piracicaba, em 2004, ocupou o cargo de secretário de Habitação do Estado de São Paulo. Os donos da Planam afirmam que começaram a operação de distribuição de propinas para parlamentares que aprovassem emendas para a compra de ambulâncias em 1998, quando Serra assumiu o Ministério da Saúde.

Veja o vídeo do então Ministro da Saúde zéSerra nas entregas das ambulâncias da máfia. O Vídeo deixa claro que até a mídia sabia, pois a Globo e SBT estavam lá entrevistando Serra. Anos depois, mais precisamente em 2006, a própria mída, hoje PIG, manipulou o caso dos "aloprados" buscando esconder o vídeo de Serra com a máfia das ambulâncias. Aliás, o vídeo abaixo é uma parte do vídeo que constava no tal "dossiê dos Vendoin" que a mídia apelidou de "dossiê dos aloprados". Se quiser baixar o vídeo completo (duração de 23:44m) no final do post tem um link que aponta para o servidor que hospeda tal vídeo.

“Naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo e, no Ministério, o dinheiro era rapidamente liberado, inclusive com a ajuda de Barjas”, lembra Luiz Antônio. Um ofício datado de 13 de dezembro de 2001 mostra que o gabinete acompanhava de perto as liberações de recursos para a compra de ambulâncias. No documento, já em poder da CPI, o então secretário executivo, Barjas Negri, se reporta ao Fundo Nacional de Saúde e pede “o empenho e a elaboração do convênio, com posterior retorno a essa Secretaria Executiva”. No mesmo ofício, Barjas diz tratar-se de “uma determinação do senhor ministro José Serra.”

Quando operava usando os parlamentares (até o segundo semestre de 2002), o grupo Planam destinava a eles 10% do que conseguia receber. Com a entrada de Abel na operação foi feita nova negociação, favorável ao empresário. “O Abel me chamou para um encontro em São Paulo. Conversamos no aeroporto de Congonhas. Tudo ficou acertado. No início da conversa ele queria manter os 10% que eram tratados com os deputados e senadores, mas no final da conversa fechamos com 6,5%”, narra Darci.

“Foi quando mais crescemos, pois tudo o que pedíamos era facilmente liberado”, completa Luiz Antônio. Com os nomes das pessoas físicas e jurídicas listadas pelos Vedoin, os procuradores que investigam a máfia das ambulâncias poderão saber por que razão Abel indicava os depósitos e qual o destino dado ao dinheiro das ambulâncias superfaturadas. Na relação entregue pelos donos da Planam constam, por exemplo, seis depósitos feitos a favor de pessoas ainda desconhecidas do caso.

Uma delas é Valdizete Martins Nogueira. Ela foi a destinatária de um depósito de R$ 7 mil feito na agência 3325-1 do Banco do Brasil em Jaciara, no interior mato-grossense, em janeiro de 2003. Na mesma cidade e na mesma agência do BB foram feitos três depósitos para outro personagem novo: Robson Rabelo de Almeida. Um desses depósitos teve o valor de R$ 20,1 mil, feito em 17 de dezembro de 2002. Em 3 de janeiro de 2003, o favorecido foi Mario J. Martignago, igualmente desconhecido até aqui, com um depósito de R$ 20 mil.

“A entrega desses documentos mostra que estamos cumprindo nosso acordo de dizer e provar tudo o que sabemos”, conclui Luiz Antônio. Com essas pistas todas, tanto o Ministério Público como a CPI poderão aprofundar ainda mais o esquema dos sanguessugas e talvez sugerir medidas para que coisas como essas não se repitam. “Somos culpados, mas não somos os maiores. A maior culpa é de governos antigos que propiciaram tudo isso. Jamais liguei para parlamentares. Eles é que ligavam para mim”, conclui Darci.
 
 

@@@ Da série Recordar é viver>>PSDB, José Serra e os Sanguessugas!...

@@@ 2007 - relembrar é viver>>Governo tucano: mais de 50 CPIs na fila ou engavetadas.

“O PT vai pressionar o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Vaz de Lima (PSDB), para que seja aberta a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CDHU. “Vamos pressionar e usaremos o argumento de que esse tipo de apuração é um direito garantido às minorias”, explicou o deputado estadual Enio Tatto (PT).

A CPI da CDHU foi o único pedido de investigação feito pela oposição que obteve o número mínimo de assinaturas até agora. Os 14 demais pedidos que aguardam para ser abertos foram feitos por partidos da base aliada ao governo. Até agora nenhuma CPI foi instalada.”

O Estado de São Paulo
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@@@ Serra, Folha e a reforma agrária.

“Primeiro foi o governador de São Paulo, José Serra, que "teorizou" sobre a inviabilidade econômica da reforma agrária, talvez incomodado com as novas ocupações de terras no Pontal do Paranapanema. Num encontro com a juventude do PSDB, no último final de semana, o tucano-mor afirmou que é "impossível" realizar uma reforma agrária "bem feita", devido aos custos "caríssimos". Ele se baseou num estudo feito no governo FHC, que estimou o gasto desta reforma em US$ 35 mil por família, incluindo desapropriação das terras, créditos rurais e infra-estrutura para os assentados. Revelando que a sua fiel adesão aos dogmas ortodoxos é antiga, ele confessou que chegou a essa conclusão nos anos 70, durante o seu exílio no Chile.”


Altamiro Borges / Adital
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@@@ Estabilidade do Real era falsa, diz presidente do BNDES.

“Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o verdadeiro equilíbrio da economia veio somente em 2005, com a melhoria das contas externas. Segundo Coutinho, a estabilidade proporcionada pelo Plano Real "foi extremamente precária" e "vulnerável" às crises cambiais que culminavam em pressões inflacionarias e, conseqüentemente, em aumento da taxa de juros. Com tal cenário, segundo ele, a economia estava "incapacitada para o crescimento".
Para Coutinho, a "verdadeira" estabilização da economia brasileira ocorreu a partir de 2005, com o crescimento das exportações, do saldo do balanço de pagamentos e das reservas internacionais. "Esse crescimento, depois de 2005, solidificou de tal forma o balanço, aumentou as reservas, reduziu a vulnerabilidade externa e, finalmente, estabilizou verdadeiramente a economia brasileira." Segundo ele, o Plano Real proporcionou "quase uma falsa estabilização".

Vermelho.org / Informes
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

@@@ Por quê votar em Dilma 13?



O meu desejo é tecer breves conceitos para colaborar no momento político brasileiro, porém através destes desenvolver e interpretar os movimentos da sociedade com o objetivo de contribuir com o discurso democrático em pauta. As duas candidaturas DILMA/LULA e SERRA/FHC são representações desenvolvidas e organizadas através de projetos que representam grupos sociais diferentes.

DILMA representa a continuidade das mudanças que favorecem todas as classes, bem como a legitima representação dos movimentos sociais do Brasil. Já a outra candidatura, a de SERRA, representa o retorno de um projeto das elites nacionais e internacionais, que tem afinidades com as dinâmicas do capital concentrador e excludente socialmente, ou seja, a representação do agrupamento da renda e a negação de sua repartição de forma justa e igualitária.

A soberania popular em pauta nos garante as mudanças por meio das possibilidades democráticas. Não existe outra forma na atual conjuntura mundial em jogo, o que permanece hoje são relações de poder e de dominação, que para o modelo concentrador não é interessante perder o domínio das massas. Atualmente, o representante do poder mundial é SERRA. As mudanças brasileiras só ocorrem com o atendimento aos marginalizados e despossuídos do país, que se completam como as transformações econômicas, sociais, ambientais e culturais, sendo DILMA a verdadeira representação das mudanças coletivas.

As possibilidades de continuidade das mudanças são representadas pelo processo democrático, bem como a ocupação dos espaços através da sociedade representativa. Quem tem esta característica é o projeto de governo da candidata DILMA. Por outro lado, o projeto de governo do candidato SERRA representa a preservação do modelo dominador, excludente e por tabela a volta da velha guarda que atrasou o país por muitos anos, inclusive através de ditaduras, asfixia e o silenciar dos atores sociais representativos do processo popular em curso.

Além disso, a estabilidade democrática da América Latina no projeto SERRA fica comprometida, visto que a hegemonia do modelo das representações do capital tem como propósito o controle dos espaços. O Brasil é a representação máxima em termos estratégicos para a dominação e o desenvolvimento de atitudes antidemocráticas, anti-sociais e de controle dos intérpretes sociais regionais. Ao mesmo tempo é importante fazer comparativos dos resultados entre os oito anos do governo FHC/SERRA e o governo LULA/DILMA. Com esse comparativo deixa claro quem tem condições de desenvolver um plano de Estado com crescimento social, este projeto é garantido com DILMA na Presidência.

É importante observar quem representa quem nesse processo. Este é o momento de entender que as candidaturas não são iguais, os projetos e as práticas de governo são diferentes. A candidatura da presidenciável DILMA tem consigo a confiança da continuidade das mudanças, que possibilita construir uma sociedade cidadã, justa e respeitada. A CANDIDATURA DILMA É A QUE MAIS SE ASSEMELHA COM OS BRASILEIROS.

Dr. Fiorelo Picoli - Professor da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Campus Universitário de Sinop/MT. Doutor em Administração e Direção de Empresas pela Universidade de León – Espanha.

Enviado por: Célio / Júnior:

@@@ Tropa de choque virtual de Serra adulteram mensagens de apoio pró Dilma na internet rs rs

Segundo petistas, mensagem foi 'adulterada'; ministro do Esporte e presidente do Corinthians são alguns dos nomes citados



Um manifesto pró-Dilma Rousseff, acompanhado de uma lista de nomes de autoridades e figuras ligadas à área de esporte, foi "adulterado" e transformado em documento pró-José Serra, acusam petistas. A mensagem modificada, que circula pela internet, defende o voto no tucano, reunindo os nomes do ministro do Esporte, Orlando Silva, da deputada federal Manuela d'Ávila (PC do B-RS) e do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, entre outros.

A existência do manifesto original foi confirmada por três pessoas da lista: a deputada Manuela, o ex-jogador de futebol Bobô e o ex-campeão mundial de boxe Acelino "Popó" Freitas. Todos defendem o voto em Dilma. O ministro Orlando Silva não foi localizado pela reportagem.

Segundo Manuela, haverá um lançamento regional do manifesto pró-Dilma em Porto Alegre, no dia 28, sem a participação da presidenciável. A coleta de assinaturas teria começado há cerca de 10 dias, a partir de contatos da militância por telefone e e-mails. O objetivo, afirma "Popó", era criar uma corrente de mensagens, permitindo que o manifesto chegasse a diversos contatos da rede mundial de computadores.

"Fiquei surpreso, hoje não se tem mais controle sobre essas coisas", disse ao Estado o ex-boxeador, que concorreu a deputado federal nestas eleições pelo PRB baiano. "Ando para cima e para baixo com o meu carro, que tem adesivo da Dilma."

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@@@ Mais um exemplo de marqueting deplorável de José Serra.

@@@ Dilma rebate Veja e exige provas de novas acusações.



Rede Brasil Atual / ABr

“Em entrevista coletiva após comício que reuniu milhares de militantes em Carapicuiba, região metropolitana de São Paulo, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu neste sábado (23) as acusações de que teria encaminhado pedidos à Secretaria Nacional de Justiça, ligada ao Ministério da Justiça, para a elaboração de supostos dossiês.

A acusação foi feita pela revista Veja, que alega ter acessado gravações de conversas que comprovam a denúncia. A candidata negou as informações durante entrevista coletiva em São Paulo.
“Eu nego terminantemente esse tipo de conversa às vésperas das eleições. Gostaria muito que houvesse, por parte de quem acusou, a comprovação e a prova de que alguma vez fiz isso”, reagiu Dilma. “É muito fácil, na última hora, na semana da eleição, criar uma acusação contra a pessoa sem prova alguma. É grave utilizar desses métodos nesta reta final.”

Dilma descartou qualquer relação alguma com as acusações. “Quero, mais uma vez, confirmar que nego terminantemente e repudio esse tipo de acusação, absolutamente sem provas”, disse. “Eu nego terminantemente e acredito que algumas pessoas teriam alguma razão para fazer isso [levantar falsas denúncias]. Não me coloque no meio de práticas com que eu não tenha relação alguma”, afirmou.

A revista Veja desta semana publica suposta reportagem sobre supostas gravações feitas no gabinete do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, de conversas com funcionários do Ministério da Justiça. Nos diálogos, Tuma Júnior cita o desconforto de Pedro Abramovay – que o sucedeu na secretaria - por receber eventuais pedidos para a elaboração de dossiês.”


Foto: Divulgação (Comício Carapicuíba)
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@@@ Entidades fazem ato por democracia e liberdade de expressão na quarta, 27.



São Paulo – Personalidades e organizações sociais atuantes na defesa da liberdade de expressão, de imprensa e da democratização do acesso à informação fazem um protesto na próxima quarta-feira (27). O ato acontece após uma sucessão de episódios que configuram tentativas de cerceamento de liberdades e do exercício da livre prática da opinião e do jornalismo.
Entres os acontecimentos incompatíveis com o ambiente democrático, as entidades citam a retirada do ar do blog Falha de S.Paulo, após ação judicial movida pela Folha; a tentativa da vice-procuradora-geral do Ministério Público Eleitoral, Sandra Cureau, de intimidar a revista Carta Capital; a demissão da psicanalista Maria Rita Kehl pelo jornal O Estado de S. Paulo após escrever artigo contundente sobre o preconceito de determinada fatia da sociedade contra as pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família. O site do jornalista Paulo Henrique Amorim e uma reportagem da TV Record, a respeito da votação maior de Dilma em regiões pobres de São Paulo, também foram alvo de sansões.
O caso mais recente de prática de censura originadas por integrantes e apoiadores da campanha de José Serra foram as liminares concedidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à coligação do tucano, determinando a interrupção da distribuição duas publicações com informações que incomodam o candidato, o Jornal da CUT, publicado pela central, e a Revista do Brasil, da Editora Atitude.
Várias entidades organizam o protesto, entre as quais o Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, CUT, Editora Atitude e Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão. O ato será às 19h, no Auditório Azul do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na rua São Bento, 413, Centro.
"Será uma importante manifestação pública pela construção de mídias comprometidas com um Brasil melhor", diz Paulo Salvador, da Editora Atitude. "Um desagravo aos atingidos pela postura do candidato José Serra, que faz uma coisa, diz outra e ainda se passa por vítima."
  
Paulo Donizetti de Souza, Revista do Brasil 

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Leia também:


@@@ Professores e estudantes da USP promovem ato suprapartidário pró-Dilma na 2ª às 18hs.



Professores e estudantes da USP promovem ato pró-Dilma na 2ª
(Foto: Reprodução)
Estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) realizam nesta segunda-feira (25) um ato suprapartidário a favor da candidata à Presidência Dilma Roussef (PT). O evento ocorre seis dias após ato semelhante realizado na PUC, na terça-feira (19), e uma semana depois de manifestação de artistas partidários da candidata governista.

De acordo com os organizadores, estão confirmadas as presenças de Alfredo Bosi, Antonio Candido, Celso Antonio Bandeira de Mello, Dalmo Dallari, Gabriel Cohn, João Adolfo Hansen, Laura de Mello e Souza, Lisete Arelaro, Maria Victoria Benevides, Marilena Chauí, Heloísa Fernandes, Otaviano Helene, e Roberto Schwarz, entre outros

O Coletivo de Estudantes da USP em defesa da educação pública assina o convite.
O ato será realizado a partir das 18h, no prédio da História e Geografia da USP.




@@@ Salário Mínimo de R$600: A mentira de Serra.

Nas eleições deste ano, o candidato do PSDB, José Serra, fez uma promessa: Salário Mínimo de R$600,00 já em 2011. Em um primeiro momento, pode parecer um compromisso interessante e importante com a classe que vive do trabalho, entretanto, sutilmente está embutido um engodo.
Ao adotar esse discurso, Serra pretende dialogar com aproximadamente 23 milhões de pessoas que estão ocupadas e recebem uma remuneração de até 1 Salário Mínimo, tratam-se em sua maioria de empregados por conta própria, empregados sem carteira assinada e do serviço doméstico.
Ao aventar um aumento para o Salário Mínimo, os conservadores diriam que qualquer aumento real, implicaria em um impacto muito forte e destruidor nas contas públicas brasileiras.
Esse argumento foi demonstrado na prática que é falacioso, haja vista, o aumento real em torno de 65% – depende do índice de inflação utilizado – concedido ao Salário Mínimo nos quase oito anos de governo Lula. Em nenhum momento as contas públicas foram afetadas, uma vez que, manteve-se o superavit fiscal e muito menos a Previdência Social e os municípios mais pobres sofreram com tal aumento.
Entretanto, onde está o engodo de José Serra? Primeiro; ao afirmar que somente em 2011 dará aumento ao Salário Mínimo. E os outros anos?
Segundo; e o mais importante, não existe concretamente uma política nacional de valorização do Salário Mínimo, isso em momento nenhum foi dito ou declarado.
A política de Salário Mínimo constitui a base de um processo mais amplo e extremamente complexo de redistribuição de renda, que envolve desde a coordenação de políticas públicas atinentes aos ocupados de salário de base até a realização de reformas sociais em planos distintos, capazes de desbloquear o conjunto de resistências contra a elevação do valor real do mínimo oficial.
Portanto, não se trata apenas e tão somente da simples elevação do valor nominal do Salário Mínimo, mas, sobretudo, da coordenação de distintas áreas de políticas públicas que, em formas e prazos diferentes, constituem as garantias de evolução real efetiva e progressiva da renda dos trabalhadores de salário de base no Brasil, ou seja, requer o estabelecimento de um conjunto de diretrizes de políticas públicas que apontam para a redefinição de uma nova estratégia de desenvolvimento socioeconômico para o país.

Fonte: Além de Economia

sábado, 23 de outubro de 2010

@@@ Isto É: Os santinhos de uma guerra suja - Parte 1.



A poucos dias da eleição, a campanha de José Serra se aproxima de grupos ultraconservadores e reforça a tática do ódio religioso. O oportunismo político divide a Igreja e vira caso de polícia


?Eu gostaria de chamar a atenção para este papel que estão distribuindo na igreja. Acusam a candidata do PT, em nome da Igreja. Não é verdade. Isso não é jeito de fazer política. A Igreja não está autorizando essas coisas. Isso não é postura de cristão.? Cara a cara com José Serra e sua equipe de campanha, frei Francisco Gonçalves de Souza passou-lhes um pito. O religioso comandava a missa em homenagem a São Francisco, no sábado 16, em Canindé, no sertão cearense. Meia hora após o início do culto, Serra tinha chegado à basílica, onde se espremiam cerca de 30 mil devotos, atraídos à cidade para uma tradicional romaria. O candidato tucano, acompanhado do senador Tasso Jereissati e de outros correligionários, estava em campanha. Em tese, aquele seria um palanque perfeito para alguém que, como Serra, tem peregrinado por templos religiosos se anunciando como um cristão fervoroso. Enquanto ele assistia à missa, barulhentos cabos eleitorais distribuíam panfletos.

Os papéis acusavam Dilma Rousseff de defender ?terroristas?, o ?aborto? e a ?corrupção?. Frei Francisco resolveu reagir ao circo e, então, o que era para ser uma peça publicitária do PSDB transformou-se num enorme vexame. Sob aplausos dos fiéis, o franciscano pediu que Serra e Jereissatti não atrapalhassem a cerimônia e que se retirassem, se não estavam ali para rezar. Jereissatti, descontrolado, passou a gritar que o padre era um petista e tentou subir no altar. As cenas gravadas pelas equipes de tevê de Serra jamais seriam usadas naA saia-justa em Canindé foi apenas o primeiro sinal de que a estratégia tucana de apelar a preconceitos religiosos e difamação estava começando a dar errado. Um dia depois, no domingo 17, no bairro do Cambuci, região central de São Paulo, a Polícia Federal apreendia dois milhões de panfletos anti-Dilma numa gráfica pertencente à irmã e ao sobrinho de Sérgio Kobayashi, um dos mais influentes coordenadores da campanha do PSDB. A partir daí, pouco a pouco, vinha a público a armação de uma guerra suja comandada pela central de boatos instalada no comitê central de Serra.”

BAIXARIA

A Polícia Federal apreendeu 2 milhões de cópias do panfleto
acima numa gráfica de militantes tucanos em São Paulo


 



Alan Rodrigues e Bruna Cavalcanti, ISTOÉ
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@@@ Carta Maior: Educação superior em Lula x FHC: a prova dos números.

Um jornalista escreveu em seu blog, auto-apresentado como um dos mais acessados do Brasil: “Provei com números que o que ele [o Governo Lula] fez mesmo foi aumentar o cabide de empregos nas universidades federais, aumentar a evasão e o número de vagas ociosas.”
''Assim, procurei, no blog do jornalista, a prova dos números. Encontrei, numa postagem de 24/08/2010 – arrogantemente intitulada “A fabulosa farsa de ‘Lula, o maior criador de universidades do mundo’. Ou: desmonto com números essa mentira” – três blocos de questões: aumento de vagas e matrículas; evasão na educação superior; empreguismo na rede federal de ensino. Analisarei cada uma delas, demonstrando que essas “provas de números” são refutadas em qualquer exame sério de validade técnica ou metodológica.''

No primeiro bloco, referente a aumento de vagas e matrículas, achei as seguintes afirmações:

“A taxa média de crescimento de matrículas nas universidades federais entre 1995 e 2002 (governo FHC) foi de 6% ao ano, contra 3,2% entre 2003 e 2008 - seis anos de mandato de Lula. [...] Só no segundo mandato de FHC, entre 1998 e 2003, houve 158.461 novas matrículas nas universidades federais, contra 76.000 em seis anos de governo Lula (2003 a 2008).”

Aqui o jornalista comete erros primários (ou de má-fé) de análise de dados. Qualquer iniciante em análise estatística, demográfica ou educacional sabe que não faz sentido comparar um período de oito anos com outro de seis anos, ou este com outro de quatro anos; mais ainda se usarmos médias aritméticas ou números brutos; e pior ainda se considerarmos (como ele bem sabe) que o principal programa de expansão das universidades federais, o REUNI, começa a receber alunos justamente depois de 2008.
Além disso, usa dados errados. Eis os dados corretos de matrículas nas IFES:

2001 - 502.960
2002 - 531.634
2003 - 567.850
2004 - 574.584
2005 - 579587
2006 - 589.821
2007 - 653.022
2008 - 720.317
2009 - 917.242
2010 - 1.010.491

(fonte: INEP e ANDIFES)


Não precisamos questionar os indicadores do governo FHC; consideremos a credibilidade destes como de responsabilidade do jornalista. Mas, com os dados da pequena tabela acima, podemos demonstrar que, considerando todo o período do governo Lula, o volume total de matrículas nas federais aumentou 90,1%. Portanto, a taxa média de crescimento de matrículas nas universidades federais, entre 2003 e 2010, não foi de 3,2% e sim de 11% ao ano.

Também, no que concerne à segunda afirmação, em seis anos de governo Lula (2003 a 2008), de fato ocorreram 188.683 novas matrículas nas universidades federais, e não, como afirma o jornalista, apenas 76.000 (aliás, números redondos são em geral suspeitos: sugerem ausência de fonte). Uma comparação tecnicamente mais correta será entre os dois segundos mandatos: entre 1998 e 2003, segundo mandato FHC, houve 158.461 novas matrículas; entre 2007 e 2010, segundo mandato Lula, foram exatas 478.857 novas matrículas registradas nas universidades federais. Ou seja, contrastando períodos equivalentes, o operário Lula abriu 200% mais vagas novas em universidades federais que o intelectual FHC.

No segundo bloco de questões levantadas pelo jornalista, o assunto era evasão na educação superior. Ele escreveu:

“O que aumentou brutalmente no governo Lula foi a evasão: as vagas ociosas passaram de 0,73% em 2003 para 4,35% em 2008. As matrículas trancadas, desligamentos e afastamentos saltaram de 44.023 em 2003 para 57.802 em 2008. [...] A Universidade Federal do ABC perdeu 42% dos alunos entre 2006 e 2009.”

O jornalista confunde evasão com ociosidade. Aliás, não sei de onde ele tirou os dados que indicariam um aumento “brutal” de evasão nas universidades federais no governo Lula. Não tenho conhecimento de nenhuma base de dados que recolhe e computa informação sobre “vagas ociosas” que, a propósito, tem definições variadas e divergentes dentro da autonomia das diferentes instituições. Sobre trancamentos, desligamentos e afastamentos, novamente o jornalista comete erros primários (ou de má-fé) na análise de dados.

Qualquer iniciante em análise estatística, demográfica ou educacional sabe que um aumento bruto de 44.023 para 57.802 afastamentos nada significa sem comparação das proporções relativas. Ocorreram mais afastamentos simplesmente porque o sistema recebeu mais matrículas, de 567 mil para 720 mil no período considerado. Usemos os percentuais respectivos: entre 2003 e 2008, a taxa de afastamentos passa de 7,7% para 8,0%, uma variação insignificante. Onde está o “salto”?

O estudo mais abrangente sobre o tema evasão na educação superior no Brasil foi realizado pelo Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia. De acordo com essa pesquisa (Silva Filho et al 2007), a evasão anual média do Brasil, entre 2000 e 2005, foi de 22%. Essa taxa foi mais de duas vezes menor nas instituições públicas, em torno dos 12%, que nas instituições privadas, quase 26%. No que se refere às áreas, a maior evasão média anual ocorreu na formação em Serviços, com 29%; seguida por Ciências Naturais, Matemática e Computação, 28%, e Ciências Sociais, Negócios e Direito, 25%. A menor evasão foi em Ciências da Vida, com 17%. Os cursos com maiores taxas anuais de evasão foram: Matemática, 44%, Marketing e Publicidade, 36%, Educação Física, 34%. Os cursos com menores taxas foram Medicina, com 5% e Odontologia, 9%. Notem que essas são taxas médias anuais.

Outra coisa são as estimativas de evasão no tempo do curso, ou seja, complemento matemático da taxa de sucesso. Estudo da USP (2004) avaliou que apenas 32% de seus alunos concluíram o curso no tempo previsto. Os restantes retardaram, mudaram ou desistiram do curso, nesse caso configurando uma taxa bruta de evasão que, no Brasil, entre 2000 e 2006, situou-se em 49%. Esse indicador é mais difícil de calcular e comparar, dada a diversidade na duração mínima dos cursos (no Brasil, de dois a seis anos), e na própria arquitetura curricular, muito distinta entre os diferentes modelos de universidade. Não obstante, para efeito limitado de comparação internacional, alguns dados da Unesco, no período de 2002 a 2006, mostram o Brasil numa situação intermediária: Coréia do Sul 22%, Cuba 25%, Alemanha 30%, México 31%, EUA 34%, França 41%, Brasil 49%, Colômbia 51%, Suécia 52%, Venezuela 52%, Itália 58%.

Com esses dados, analisemos a situação da UFABC, precursora do REUNI e, talvez por isso, posta no pelourinho. O jornalista e, em certo momento, a imprensa paulista, consideraram alarmante uma evasão de 42% em quatro anos. Puro desconhecimento do assunto. Se ajustarmos essa medida num parâmetro temporal preciso, encontraremos uma taxa anual de 11%, abaixo, portanto, da média nacional para instituições públicas e metade da taxa referente ao setor privado de ensino superior.

No terceiro bloco de questões, o jornalista denuncia a rede federal de ensino superior como “cabide de empregos”:

“Também cresceu espetacularmente no governo Lula a máquina ‘companheira’. Eram 62 mil os professores das federais em 2008 - 35% a mais do que em 2002. O número de alunos cresceu apenas 21% no período. [...] No governo FHC, a relação aluno por docente passou de 8,2 para 11,9 em 2003. No governo Lula, caiu para 10,4 (2008). É uma relação escandalosa! Nas melhores universidades americanas, a relação é de, no mínimo, 16 alunos por professor. Lula transformou as universidades federais numa máquina de empreguismo.”

O jornalista insiste em parar o tempo em 2008, desconhecendo o efeito do REUNI. Nesse aspecto, o conjunto das universidade federais começou a fazer investimentos a partir de 2008 (e isso incluiu naturalmente contratação de docentes e funcionários) para dar conta do crescimento do alunado no ano seguinte. Já em 2008, foram realizados concursos públicos para mais de 6.000 professores e 4.000 funcionários, para receber os 196.725 alunos novos que entraram nas 56 universidades federais em 2009. Com a matrícula dos dois semestres deste ano de 2010, o sistema federal ultrapassou 13 alunos por docente, mantendo a razão 18 alunos/docente como meta pactuada do REUNI para 2012. De fato, enquanto o corpo docente da rede universitária federal aumentou 35% de 2002 a 2008 e crescerá em 50% até 2012, nesse período, o alunado triplicará.

Apenas como exemplo concreto, posso apresentar o caso da UFBA: neste ano, matriculando 34.516 alunos de graduação, nossa instituição alcançou 16,4 alunos/docente. Passamos de 55 cursos de graduação em 2002, para 113 cursos em 2010, com aumento de vagas de quase 120%. Em 2002, oferecíamos 40 vagas em 01 curso noturno; em 2010, são 2.610 vagas em 22 cursos noturnos. Em relação à pós-graduação, os patamares efetivamente alcançados são ainda mais expressivos, com aumento de 150% em vagas e matrículas, sendo mais de 300% no doutorado. Fizemos tudo isso com apenas 416 novos docentes contratados em três anos.

A prova dos números com dados completos, tanto no sentido temporal (quando inclui matrículas até 2010) quanto no sentido político (apesar de o jornalista insistir em esconder o sucesso do REUNI), destrói seus argumentos enganosos. Resta-lhe o exercício da retórica raivosa. Máquina de empreguismo? Cabide de empregos? Essas grosserias insultam a todos nós, dirigentes, professores, servidores e alunos de universidades federais que, com grande esforço, estamos tornando a educação superior pública brasileira flagrantemente mais eficiente, competente, socialmente responsável.

Tendencioso, mal-informado, sem competência técnica em análise elementar de dados, o jornalista não passa na prova de números que ele mesmo propõe. Ainda bem que ele foi reprovado pois, nos planos macroeconômico e político, uma contrafação ou fraude estatística pode reduzir investimentos, desviar prioridades, suspender programas de governo, fazer retroceder estratégias, destruir políticas e atrasar o desenvolvimento social e humano do país.





Naomar de Almeida Filho (*)

(*) Pesquisador I-A do CNPq, Reitor da Universidade Federal da Bahia no período 2002-2010. Professor Titular de Epidemiologia, Instituto de Saúde Coletiva e do Instituto Milton Santos de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA

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@@@ Não será publicado no Globo: Privatizações do PSDB e espiões contra Aécio: alvos de Amaury...

“O depoimento do jornalista Amaury Martins Ribeiro Júnior, dado à Polícia Federal no último dia 15 de outubro e publicado nesta sexta-feira (22) pelo site do jornal O Estado de S.Paulo, relata a investigação que ele diz ter feito sobre o processo de privatização das empresas de telecomunicações durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o esquema de espionagem que teria sido montado por pessoas próximas ao candidato presidencial tucano José Serra contra o então governador de Minas Gerais Aécio Neves, ambos do PSDB.

O depoimento também detalha os contatos que Amaury diz ter mantido com o jornalista Luiz Lanzetta, da empresa Lanza Comunicações, segundo Amaury contratada para cuidar das comunicações da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff. Esses trechos podem ser lidos na reportagem: Jornalista afirma que Falcão, do PT, copiou sua investigação.

Em seguida, trechos inicias do depoimento publicado nesta sexta-feira. Ao falar sobre o motivo das investigações, Amaury Júnior diz o seguinte:

"...esclarece que trabalhava na compilação dos dados das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso em que tinha Ricardo Sérgio de Oliveira como operador principal da formação dos consórcios que participaram das privatizações das teles, cobrança de propina e criação do modus operandi para para internar valores escusos das Ilhas Virgens Britanicas no Brasil, que inclusive se compromete a oferecer para a juntada dos autos o material coletado ao longo do seu trabalho, o qual esclarecerá o detalhadamente o esquema mencionado acima".

Segundo o jornalista, a investigação - iniciada por vontade dele - começou quando Amaury trabalhava para o jornal O Globo, na sucursal de São Paulo, há cerca de 10 anos. Depois disso, ele ingressou no Jornal do Brasil, onde publicou a primeira reportagem sobre o assunto, envolvendo Ricardo Sérgio.

Em seu relato, Amaury Júnior diz ainda que:

"...em 2003 teve acesso a dados enviados pela promotoria de Nova Iorque à CPI do Banestado e à Polícia Federal, dos quais constava que Ricardo Sérgio movimentava milhões de dólares, por meio de doleiros, no exterior, inclusive em paraísos fiscais.

Ele lembra que publicou matérias jornalísticas sobre tais documentos e fatos, na revista Isto É, no ano de 2003, tendo sido, então, processado judicialmente, por danos morais, por Ricardo Sérgio.

O relato prossegue:

"...na sua defesa, na exceção da verdade, obteve ordem judicial destinada à CPI do Banestado para que fossem entregues todos os documentos que apontassem movimentação de valores de Ricardo Sérgio de Oliveira no exterior, além de outras pessoas relacionadas ao processo de privatização de empresas estatais brasileiras, dentre elas Gregório Marin Preciado, Carlos Jereissati, Ronaldo de Souza, sócio de Ricardo Sérgio, sempre com apontamentos de transações financeiras entre elas no exterior". 

Portal Terra
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@@@ Três são presos no RS acusados de compra de votos em caminhão com adesivos de Serra.


Sílvia Freire, folha.com

“Três pessoas foram presas em flagrante no município de Coxilha (333 km de Porto Alegre) sob a acusação de compra de voto.

Segundo a Polícia Federal, elas estavam distribuindo cestas básicas à famílias pobres em um caminhão de som coberto com faixas do candidato tucano à Presidência, José Serra. As prisões aconteceram na véspera da visita do tucano ao Rio Grande do Sul.

Em depoimento à PF, dois presos --o motorista do caminhão e o responsável pelo equipamento som-- disseram que estavam fazendo um favor ao ajudar na distribuição dos alimentos. A responsável pelas cestas básicas, a assistente social Elizabete Weber, disse que só irá falar em juízo.

O caminhão foi abordado pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar quando deixava o município de Coxilha ontem à tarde. Os policiais foram acionados pelo Ministério Público do Estado, que recebeu informação sobre um possível crime eleitoral. Ainda estavam no caminhão 18 cestas, que foram apreendidas pela PF.

Segundo o delegado Celso André Nenê Santos, da PF de Passo Fundo, há fotos que mostram o momento da distribuição das cestas. Os três foram autuados por crime eleitoral, sob a acusação de oferecer ou dar vantagens para obter voto (artigo 299 do Código Eleitoral).”


Foto: Zero Hora
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@@@ Cid Gomes reúne 1,2 mil evangélicos em favor de Dilma.

“Evangélicos declararam apoio à presidenciável em evento realizado ‘para desfazer as mensagens caluniosas’


Mil e duzentos pastores evangélicos representantes de 300 ministérios se reuniram com o governador eleito do Ceará, Cid Gomes, em um ato de apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O evento, organizado pela Convenção de Ministros das Assembleias de Deus Unidas do Estado do Ceará (Comaduec), aconteceu em Fortaleza e contou com as presenças do governador Cid Gomes (PSB), dos senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Magno Malta (PR-ES) e o deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP).

Em seu dicurso, Cid lamentou preconceitos e críticas rasteiras contra a petista, e chamou a atenção dos presentes para a responsabilidade destas eleições “Este encontro com evangélicos de apoio à candidatura de Dilma demonstra que aquilo que ela representa para o Brasil está inserido também nos grandes conceitos cristãos". Cid ainda apresentou projetos da candidata para o Estado, dizendo que é ‘importante a continuidade do Governo Lula’ e vislumbra dar ‘80% de votos para a candidata no Estado’. No primeiro turno, ela obteve 66%.

Afagando os evangélicos, o governador reeleito ressaltou os projetos sociais realizados pelas igrejas, independente da crença: "As igrejas como um todo, evangélicas, católicas, entre outras, têm trabalhos muito importantes em diversas áreas de assistência social, desenvolvimento de projetos e recuperação de viciados. Temos que reconhecer esse mérito e sempre buscar apoiá-las". O senador Marcelo Crivella, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, afirmou que “Dilma representa o avanço em todas as políticas sociais iniciadas pelo presidente Lula".

Lauriberto Braga, iG

@@@ Os 5 erros de Molina.

@@@ Serra é motivo de piada internacional: La picardía que a Serra le salió mal.



Fingió un golpe en la cabeza. Pero la TV mostró que sólo le pegó un bollito de papel. Lula, furioso.

El presidente Lula da Silva se disponía a levantar el teléfono y hablar con el candidato opositor José Serra. Le iba a ofrecer su solidaridad frente a la supuesta agresión de la que habría sido objeto el ex gobernador de San Pablo. Pero las imágenes televisadas de los tumultos detuvieron el gesto presidencial y lo convirtieron en una encendida crítica. “Fue una farsa, una mentira descarada”, declaró ayer el jefe de Estado brasileño.

No le faltaban razones para sentirse defraudado. Filmaciones de TV Record y del canal SBT confirmaron que en medio de una batahola entre militantes de la campaña de Dilma y de la de Serra, el postulante fue impactado por un pequeño bollito de papel en la coronilla . El tucano sintió apenas el roce y siguió su caminata por las calles de Río de Janeiro.

Minutos después y ante el enfrentamiento de los seguidores de ambos bandos, el hombre decidió ingresar en una van, para instantes después continuar su contacto con los pobladores. Estaba bien protegido por sus custodios.

A los 20 minutos, el candidato recibió una llamada en su celular. Y ahí vino la sorpresa. Inmediatamente el ex gobernador puso cara de intenso dolor y alguien le alcanzó hielo para el supuesto hematoma. El show continuó con una ida al hospital Samaritano donde las primeras declaraciones de los médicos fue que el candidato no presentaba lesiones externas. Y menos aún internas, según demostró una tomografía .”



Eleonora Gosman, Clarín.com
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@@@ O livro, a bolinha de papel, o rolinho de durex. E as férias...

Continuamos a condenar qualquer tipo de agressão com qualquer tipo de objeto. E também qualquer tipo de manipulação de informações




Continuam na pauta os dois grandes casos da semana: o do tumulto no Rio de Janeiro que levou Serra ao hospital e o relato da PF sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos. Ontem publiquei o artigo “O livro e a bolinha de papel” (clique aqui) que mostrava a semelhança entre os dois casos – a manipulação da grande imprensa. Hoje, depois de assistir aos telejornais noturnos e ler os jornais do dia, é preciso, urgentemente, atualizar e retificar o que disse antes.

De novo, vejamos caso a caso:

Caso 1 – o tumulto no Rio – O Jornal Nacional da Globo apresentou uma matéria de quase 10 minutos de duração com o objetivo de rechaçar a apresentada na véspera pelo SBT – que a sustentou no seu telejornal de quinta-feira – e que tinha causado furor na internet durante todo o dia. Surgem na tela imagens praticamente indecifráveis gravadas pelo celular de uma repórter da Folha de S.Paulo (uma cinegrafista amadora, faltou dizer). Elas sugerem que o candidato foi atingido por um segundo petardo, desta vez “algo transparente”, um rolinho de durex, talvez. Ou uma bolinha de adesivos. Em seguida, surge na tela um renomado especialista, para atestar sorridente que “não havia nenhuma dúvida”, tinham acontecido dois fenômenos distintos, o da suposta bolinha e o do suposto rolinho (ela exibia então nas mãos um rolinho de fita crepe para ilustrar melhor para os incautos telespectadores). O resto da história é a mesma: Serra vai para o hospital e faz tomografia computadorizada, suspende sua agenda carioca e o médico diz que não houve lesão, mas recomenda 24 horas de repouso. Detalhe: na sua explicação, para mostrar o lugar da agressão, indica a parte da calva atingida pela suposta bolinha de papel – mas isso, como eu já disse, é só um detalhe.

Na mesma noite, Serra gravou seu programa eleitoral e no dia seguinte, quinta, estava em campanha na cidade de Ponta Grossa, evidenciando um total desrespeito à recomendação do médico de César Maia. Mas isso é outro mero detalhe.

Na internet hoje já circulam várias mensagens e reproduções quadro a quadro (frames) do vídeo do jornal Folha de S.Paulo questionando a veracidade da edição apresentada pela Globo. Mas, crédulos que somos, vamos dar razão a Serra e a tevê líder de audiência: daqui pra frente nos referiremos ao caso como o “escândalo da bolinha de papel e do rolinho de durex”. Apenas acrescentamos uma observação: que, se ocorrer novo caso semelhante, a Globo convoque também os legistas Badan Palhares e George Sanguinetti para colocar suas versões. E que alguém do seriado americano CSI seja convidado como mediador do debate.

De qualquer forma, bolinha ou rolinho, qualquer agressão tem que ser condenada. Manipulação de informações e engajamento disfarçado na campanha também.”


Celso Marcondes, CartaCapital
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

@@@ Farsa da agressão ao Serra em 6 parte s - # globomente.

@@@ Como a Globo manipulou o “atentado” a Serra no Jornal Nacional.


“Foi mais ou menos como num jogo de futebol: o zagueiro encosta no atacante, o atacante se atira dentro da área, rolando, se contorcendo, na esperança de que o árbitro apite um pênalti.

Mas as câmaras são soberanas. Elas mostram que o zagueiro mal tocou no centroavante, que o atacante se atirou, que não está machucado, que está simulando. Ainda assim, alguns narradores gritam: "Pênalti!". E no dia seguinte, os analistas vão bater boca o dia inteiro: foi, não foi, o juiz acertou, o juiz roubou.

Na cena reproduzida pelo Jornal da Record, o candidato José Serra vem caminhando, sorridente, pela rua do comércio de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Vem cercado de correligionários e seguranças. Mais adiante, seu caminho está bloqueado por uma passeata de petistas, que podem ser identificados por suas bandeiras vermelhas.

A comitiva do candidato oposicionista segue na direção dos adversários, arma-se um rápido entrevero, no qual um petista é agredido por três acompanhantes do candidato Serra, que está abrigado à porta de uma loja.

Apartam-se as brigas, Serra retoma a caminhada.

Então, alguma coisa o atinge na cabeça.

Pela câmara da TV Record, observa-se que o candidato apenas passa a mão na cabeça, constatando que não está ferido. É levado, então, por seus acompanhantes para um hospital.

Corta para o médico que o atendeu. A frase é clara: ele não tem nem um arranhão. A reportagem esclarece: o candidato foi atingido por um rolinho de plástico, um desses adesivos de campanha amarrotado.

Agora, a mesma cena no Jornal Nacional, da TV Globo: tudo quase igual, exceto no momento em que José Serra é atingido. Substitui-se, então, a imagem em movimento, que mostra apenas um susto da vítima, por uma fotografia, tirada de cima para baixo, de efeito muito mais dramático.”



Luciano Martins Costa, Pragmatismo Político
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@@@ Lula: “Nenhum candidato, novo ou velho, tem o direito de mentir de forma descarada como o PSDB fez ontem”.

Do R7 / Reuters

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou, nesta quinta-feira (21), o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de mentir após ser supostamente agredido por militantes durante caminhada na tarde da quarta-feira (20), no Rio.

- A mentira que foi produzida ontem pelo esquema publicitário do José Serra é uma coisa vergonhosa. Passaram o dia inteiro vendendo que esse homem tinha sido agredido.

A afirmação foi feita após Lula inaugurar o dique seco do Polo Naval de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O presidente contou que, após saber do incidente entre militantes das duas legendas durante evento de Serra na zona oeste do Rio de Janeiro, chegou a pensar em entrar em contato com dirigentes do PT para que se solidarizassem com o tucano, mas mudou de opinião após ver imagens do conflito.

Para Lula, o episódio "deixou o dia de ontem marcado como o dia da farsa, o dia da mentira". Reportagem sobre o tumulto mostra o tucano sendo atingido na cabeça pelo que parece ser uma bolinha de papel. De acordo com a reportagem, cerca de 20 minutos depois de ser atingido, Serra recebe um telefonema e leva a mão à cabeça.”

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

@@@ Serra e a baixaria eleitoral: para privatizar vale tudo!

@@@ Tucanos x tucanos: O caso do dossiê Amaury.

“Para entender melhor o inquérito da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos.

As investigações foram encerradas na semana passada, inclusive com a tomada de depoimento do repórter Amaury Jr por mais de dez horas.

A conclusão final do inquérito foi a de que Amaury trabalhou o dossiê a serviço do Estado de Minas e do governador Aécio Neves - como uma forma de se defender de esperados ataques de José Serra.

Em negociação com o Palácio, a cúpula da Polícia Federal decidiu segurar as conclusões para após as eleições, para não dar margem a nenhuma interpretação de que o inquérito pudesse ter influência política.

No entanto, a advogada de Eduardo Jorge - que tem acesso às peças do inquérito por conta de uma liminar na Justiça - conseguiu as informações. Conferindo seu conteúdo explosivo, aparentemente pretendeu montar um antídoto. Vazou as informações para a Folha, dando ênfase ao acessório - a aproximação posterior de Amaury com a pré-campanha de Dilma - para diluir o essencial - o fato de que o dossiê foi fogo amigo no PSDB.

Neste momento - segundo informações de repórteres de Brasília com acesso a investigadores - discute-se na PF a oportunidade ou não de uma coletiva para colocar as peças no devido lugar.
Aparentemente, a operação de Eduardo Jorge acabou sendo um tiro no pé. A partir de agora, não haverá como a velha mídia ignorar o inquérito e suas conclusões.”

Luis Nassif Online

@@@ Folha de São Paulo mentiu: PF diz que não há provas de uso de dados fiscais em campanha.


“A Polícia Federal divulgou nota, nesta quarta-feira (20), esclarecendo que não está comprovada a utilização de informações fiscais de nomes vinculados ao PSDB em campanhas políticas. O texto, publicado no site da instituição, foi uma resposta às notícias de que as investigações teriam concluído que havia ligação entre a quebra de sigilo fiscal e a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT). A informação foi refutada pela polícia, que ainda não finalizou o inquérito.

O texto diz ainda que a PF contesta "qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros". O órgão critica "a distorção de fatos" e diz que está se "atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação".
Reportagem publicada nesta quarta no jornal Folha de S.Paulo afirma que as investigações da PF apontam que o jornalista Amaury Ribeiro Jr., ligado ao "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), conseguiu, por intermédio do despachante Dirceu Rodrigues Garcia, os dados da filha e do genro do candidato à presidência José Serra, Veronica Serra e Alexandre Bourgeois, do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros integrantes do partido. Ainda segundo a reportagem, Dirceu confessou à PF que recebeu R$ 12 mil de Amaury Ribeiro Jr. para conseguir os dados dos dirigentes tucanos.

Leia a nota na íntegra.

Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:
1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;


2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;


3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;


4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;


5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;


6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação.” 

Dayanne Sousa, Terra Magazine

@@@ Serra em intercurso com a extrema direita.


“Como um picollo Fausto, Serra emprestou sua candidatura à ressurgencia da extrema direita na vida política nacional. A desesperada tentativa de derrotar a esquerda da qual ele já participou um dia não observa mais qualquer concessão à ética e à própria biografia. Assiste-se a uma entrega constrangedora.

“Obsceno” resumiu a professora Marilena Chauí, no ato dos intelectuais e artistas em apoio a Dilma Rousseff, realizado segunda-feira, no Rio. A filósofa exibia uma propaganda do tucano, assinada por ele, ilustrada com a frase bíblica : "Jesus é a verdade e a vida". "Isso é religiosamente obsceno. É politicamente obsceno... É uma violência contra o ecumenismo religioso”, fuzilou a professora Chauí.
Nada demais para Serra, cuja hipocrisia se despiu na figura da esposa, Monica, que saiu do anonimato para a história como dublê de Regina Duarte nessas eleições. Psicólogoa e bailarina, em 1992 ela narrou às alunas um aborto feito em condições difíceis, mas não hesitou em sair às ruas dos subúrbios do Rio para acusar a candidata petista de ser a favor ‘de matar as criancinhas’. É esse o diapasão do tudo ou nada a que se entregou a sobra daquilo que foi um dia o projeto social-democrata do tucanato paulista.

A poucos menos de duas semanas das eleições, Serra terceirizou sua candidatura a forças e apelos obscurantistas em busca do voto do medo e do reacionarismo quase caricatural. Não há constrangimento no seu olhar. Ao contrário, quando ganha pontos na pesquisa, Serra demonstra a felicidade dos traidores, aquele lampejo de ‘deu certo’, logo, a vitória legitima qualquer coisa. É assim que tem se esponjado, entre engolir hóstias sem fé e chafurdar no lamaçal de água benta falsificada atulhado de detritos históricos que ameaçam ressuscitar o que há de pior na política nacional. Os ataques ao Programa Nacional de Direitos Humanos que envergonham até tucanos históricos, como Paulo Sergio Pinheiro, consolidam seu nome como um assustador cavalo-de-tróia da brasa-dormida do fascismo herdeiro de Plínio Salgado. O pior é que não há aqui qualquer força de expressão. Kelmon Luiz de Souza, responsável pela encomenda de 20 milhões de panfletos que simulam chancela da CNBB para ataques tucanos a Dilma, tem um cartão de visitas que não deixa margem a enganos. Assessor de Dom Bergonzini, bispo de Guarulhos, da ala direita do clero que seria o ‘mandante-laranja’ da encomenda, Kelomon tem outras ocupações não menos esclarecedoras. Ele divide o seu tempo entre os afazeres na sacristia de Guarulhos e a presidência da Associação Theothokos, uma ONG ligada a setores de ultradireita da Igreja Ortodoxa, cujo portal está registrado em nome da Casa de ‘Plínio Salgado, o aspirante a Hitler nativo dos anos 30/40.”

Saul Leblon, Carta Maior / Blog das Frases
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@@@ Líderes do PT entram com pedido para investigar Serra e Paulo Preto.

Partido quer saber se ex-diretor da Dersa usou obras para ajudar campanha tucana


Do R7

Os líderes do PT na Câmara Cândido Vaccarezza (SP) e Fernando Ferro (PE) entraram com pedido de investigação contra ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza e contra o candidato presidencial José Serra (PSDB). As representações foram protocoladas nesta terça-feira (19) na PGR (Procuradoria Geral da República). Conhecido como Paulo Preto, o ex-diretor da Dersa é acusado de desviar R$ 4 milhões da campanha de Serra.

Na representação, Vaccarezza e Ferro pedem a investigação de Paulo Preto com base na confissão que ele teria feito na imprensa de que usou para a campanha de José Serra parte do dinheiro da construção do Rodoanel de São Paulo – obra pela qual ele era responsável e que custou cerca de R$ 5 bilhões aos sofres públicos.

- Nossa representação tem um fato concreto, que é a confissão na imprensa do Paulo de Souza. [...] Ele confessou que se utilizou das obras do Rodoanel e do metrô que ele dirigia para fazer negócios e levantar recursos [para a campanha tucana]. Além disso, há sinais claros de enriquecimento ilícito.

À imprensa, Souza teria dito que “ninguém no governo deu mais condições para empresas apoiarem com mais recursos a campanha de Serra” do que ele próprio, segundo afirmou Vaccarezza.
A segunda representação, de autoria do deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), pede investigação não apenas de Souza, mas também de José Serra e de Aloysio Nunes (recém eleito senador pelo PSDB). Além de ser amigo pessoal, Nunes teria levado Souza ao cargo de assessor especial da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso.”

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Serra diz que soube "muito depois" sobre filha de Paulo Preto

Portal Terra

“Em entrevista ao Jornal Nacional nesta terça-feira (19), o candidato do PSDB à Presidência foi questionado a respeito do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, sobre os temas religiosos introduzidos na campanha, o aborto e suas propostas para o salário mínimo, aposentadoria e Bolsa-Família. Questionado pelos apresentadores, o tucano alegou só ter sabido "muito tempo depois" que a filha de Paulo "Preto", Tatiana Arana Souza Cremonini, havia sido contratada pelo Palácio dos Bandeirantes.

"Essa menina foi contratada, eu não a conhecia, não foi diretamente por mim, para trabalhar no cerimonial que faz recepções, que cuida de solenidades e tudo mais, entre muitas outras. Tinha um currículo, sabia dois idiomas, ou sabe dois idiomas, sempre trabalhou corretamente. Inclusive eu só vim a saber que era filha de um diretor de uma empresa muito tempo depois", afirmou o tucano.

Serra foi questionado se em seu governo também não teria havido nepotismo. A dupla de entrevistadores globais, Fátima Bernardes e William Borner, se referiu ao caso que envolveu a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que abrigou familiares na pasta. "Ela (a filha de Paulo Vieira Souza) não está em nenhum cargo, nunca teve nenhuma acusação, nem nenhum cargo que tome decisões, faça lobby, pegue dinheiro, como no caso dos filhos da Erenice", justificou Serra.

Segundo a edição do domingo (17) do jornal Folha de S. Paulo, Serra nomeou a filha do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo "Preto", em seu primeiro mês à frente do governo paulista, em 2007. Segundo a reportagem, Tatiana Cremonini, filha de Paulo Preto, foi contratada como assistente técnica de gabinete, com salário de R$ 4.595, com gratificações.”

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@@@ Thomaz Bastos, Celso Bandeira de Mello, Dalmo Dallari e Fábio Konder Comparato votam Dilma!

Thomaz Bastos: atitude do PSDB reflete "certeza de que vão perder"



“O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos afirmou na noite desta terça-feira (19) que as atitudes da campanha do PSDB durante o segundo turno refletem "a certeza de que vão perder, isso é fruto do medo, medo de perder, medo de encarar a candidata do governo que tem a maior aprovação popular da história do País".

Thomaz Bastos participou ao lado de outros inúmeros integrantes da claque de Dilma Rousseff de um ato de leitura de um manifesto elaborado por educadores, juristas e intelectuais a favor da candidata petista, dentre os signatários do documento estão Celso Bandeira de Mello, Dalmo Dallari e Fábio Konder Comparato. Apesar da intenção do evento, aos invés de educadores, juristas e intelectuais, a mesa foi formada majoritariamente por políticos da coligação petista. O ato ocorreu no TUCA, teatro da PUC de São Paulo.”


Filippo Cecílio e Vagner Magalhães, Portal Terra
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@@@ Especialistas descartam manipulação de resultados de pesquisas.

Senador Sérgio Guerra acusou instituto Vox Populi de favorecer Dilma Rousseff (PT) em pesquisa divulgada hoje




Após as acusações do senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, que chamou a pesquisa presidencial do Vox Populi divulgada hoje de “sem vergonha”, cientistas políticos ouvidos pelo iG afirmaram não acreditar em manipulação de resultados por parte do instituto. O levantamento colocou a petista Dilma Rousseff 12 pontos à frente do tucano José Serra.

Segundo Murillo de Aragão, cientista político e sócio da consultoria Arko Advice, não haveria razões para que o instituto favorecesse um determinado candidato. “O Marcos Coimbra (presidente do Instituto Vox Populi) não pode fazer o instituto dele trabalhar com erros. Ele vai fazer o possível para que as pesquisas dele sejam mais precisas. O sucesso do seu negócio é ser o mais correto possível”, afirmou Aragão.

O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda diz que não há como fazer um julgamento precipitado dos resultados por parte do Vox Populi. “Parto do suposto que os institutos se comportam dentro de um padrão ético requerido. Uma vez que, eventualmente, o resultado seja muito discrepante, aí ele terá de se explicar, mas não posso fazer juízo antecipado”, defendeu.

Para Lavareda, é difícil que continuem a ocorrer grandes diferenças de resultados entre os institutos daqui pra frente. “A tendência já apresentada em outras eleições é que a maioria dos institutos tenha números convergentes”, disse.”

Alessandra Oggioni e Piero Locatelli, iG
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@@@ Dilma diz não querer País apropriado por nenhuma crença ou religião.


Em evento organizado por artistas e intelectuais no Rio, candidata do PT diz que ‘campanha do ódio será vencida pela esperança’

Flávia Salme e Manuela Andreoni, iG

Diante de uma plateia que lotou o teatro Oi Casagrande (400 lugares), no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou, a exemplo do mote que embalou a campanha do presidente Lula em 2002, que “a esperança vai voltar a vencer o medo”. Segundo a petista, “a campanha de ódio que se desencadeou também será vencida pela esperança e pelo amor, e não só pela verdade”.

Embalada por aplausos de artistas como Chico Buarque, Beth Carvalho, Elba Ramalho e Alceu Valença, Dilma ainda afirmou: “Sinto que agora é a minha vez (de governar o País). E eu vou honrar minha missão, que é a de fazer o óbvio. E o óbvio é só cuidar do povo”, afirmou.

A candidata do PT falou por cerca de 50 minutos. Seu discurso centrou na defesa de programas do governo Lula como o Bolsa Família. “É a maior vitória do ‘nunca antes nesse País'”, disse ela em referência ao bordão mais conhecido do presidente Lula. A parte social foi a mais abordada por Dilma, que também falou de meio ambiente a fez críticas à oposição.

Ainda sobre a área social, a petista disse que, se for eleita, o critério de desenvolvimento do País em seu governo não será o do crescimento do PIB, mas o de combate à miséria. “O critério para o Brasil ser desenvolvido não é o PIB crescer. É tirar 21 milhões de brasileiros da miséria”, declarou.”

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Bolinha de Papel Faz José Serra parar em dois Hospitais particulares para fazer tomografia kkkkk -- SBT 20/10/2010

@@@ O voto do Nordeste: para além do preconceito.

O Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS. Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto- confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, "Bolsa Família"), mas uma região plena de potencialidades. O artigo é de Tânia Bacelar de Araújo.
A ampla vantagem da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno no Nordeste reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia face às camadas mais pobres da sociedade brasileira e em especial face ao voto dos nordestinos. Como se a população mais pobre não fosse capaz de compreender a vida política e nela atuar em favor de seus interesses e em defesa de seus direitos. Não "soubesse" votar.
Resultado: o Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS.
Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto- confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados - alguns ainda incipientes e outros insuficientes. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, mas uma região plena de potencial!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

@@@ Mano Brown vota Dilma 13: 'Agora é dar continuidade ao que o Lula fez'




O rapper Mano Brown, dos Racionais MC´s, gravou depoimento de apoio à petista Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República. Segundo Brown a vitória de Lula significou "o marco de ver um operário, um nordestino, um homem do povo ser ser aquilo que a gente quis que ele fosse". Para o rapper, agora é preciso votar em Dilma para ela continuar as mudanças promovidas em seu governo.

De acordo com Brown, o segundo mandato de Lula visto das ruas marca o momento em que as coisas começaram a acontecer, se transformar: "parecia até um sonho, um milagre". "Tudo que eu acreditei desde a minha adolescência e tal, ele honrou, ele vingou. Eu acompanhei", comenta.

Ele defende que Dilma é quem tem condições de dar continuidade ao projeto de desenvolvimento do Brasil, onde as pessoas sejam tratadas como gente e não como "gado", como "número".

"Eu vou votar na Dilma, certo? Fechou", diz em vídeo produzido pelo PT.  O rapper acredita que o melhor caminho para o "trabalhador" e para "povo sofrido" é dar continuidade ao que o Lula fez e a melhor alternativa é Dilma. "A massa, a maioria necessita de alguém que tenha sentimento por eles, que os veja não como número, como gados".

@@@ Serra autoritário cobra do Terra explicação que não deu.

..Bob Fernandes, Portal Terra

“O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou no debate promovido pela RedeTV!/Folha no domingo (17) à noite que o Terra não publicou uma explicação que ele teria dado em Goiânia sobre o ex-diretor do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, também conhecido como Paulo Preto. Na verdade, o portal publicou as únicas informações a respeito dadas por José Serra naquele dia. E mais: em todos os demais portais, jornais, emissoras de rádio e TV não há nenhum registro de explicação adicional do candidato Serra além do que foi veiculado na segunda-feira (11).

Acima, disponível para os internautas, o áudio da pergunta e a resposta de Serra no debate da RedeTV! e também o áudio do que ele disse exatamente em Goiânia.

Em tempo: Paulo Preto, segundo Dilma Rousseff afirmou no debate da TV Bandeirantes no domingo (10), ao referir-se a matérias de revistas semanais, teria sumido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha eleitoral tucana.

Minutos após o debate na Rede TV! a repórter Marcela Rocha, do Terra, questionou o candidato sobre qual reportagem e a que dia ele se referiu no debate. Serra detalhou estar se referindo ao texto enviado na segunda-feira (11) desde "Goiânia".

Marcela Rocha não esteve em Goiânia. Mirelle Irene, correspondente do Terra em Goiás, acompanhou o candidato na segunda (11). E foi quem escreveu a reportagem aqui publicada e quem tem em mãos o áudio reproduzido acima.No único trecho em que Serra cita Paulo Preto, ou Paulo Vieira de Souza, Mirelle Irene descreve:

- Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando. Serra disse ainda que não iria gastar horas de um debate nacional discutindo "bobagens".

A respeito, uma semana depois, a repórter Mirelle Irene relata:

- Aquele foi o único momento em que o candidato Serra tocou no assunto. E o que eu, em essência reproduzi, foi o que os demais meios todos reproduziram.”

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

@@@ Isto É>>>O poderoso Paulo Preto - O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra.

O poderoso Paulo Preto - Parte 1

O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra

Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira
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INAUGURAÇÃO DO RODOANEL
Serra aparece em foto de 30 de março de 2010 junto com
Paulo Preto, que meses mais tarde alegou não conhecer
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Como candidato à Presidência da República, José Serra deve explicações mais detalhadas à sociedade brasileira. Elas se referem a um nome umbilicalmente ligado à cúpula do PSDB, mas de pouca exposição pública até dois meses atrás: Paulo Vieira de Souza, conhecido dentro das hostes tucanas como Paulo Preto. Desde que a candidata do PT, Dilma Rousseff, pronunciou o nome de Paulo Preto no debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo 10, Serra se viu envolvido em um enredo de contradições e mistério do qual vinha se esquivando desde agosto passado, quando ISTOÉ publicou denúncia segundo a qual o engenheiro Paulo Souza, ex-diretor da estatal Dersa na gestão tucana em São Paulo, era acusado por líderes do seu próprio partido de desaparecer com pelo menos R$ 4 milhões arrecadados de forma ilegal para a campanha eleitoral do PSDB. Na época, a reportagem baseou-se em entrevistas, várias delas gravadas, com 13 dos principais dirigentes tucanos, que apontavam o dedo na direção de Souza para explicar a minguada arrecadação que a candidatura de Serra obtivera até então. Depois de publicada a denúncia, o engenheiro disparou telefonemas para vários líderes, dois deles com cargos no comando da campanha presidencial, e, apesar da gravidade das acusações, os tucanos não se manifestaram, numa clara opção por abafar o assunto. O próprio presidenciável Serra optou pelo silêncio. Então, mesmo com problemas de caixa e reclamações de falta de recursos se espalhando pelos diretórios regionais, o PSDB preferiu jogar o assunto para debaixo do tapete.

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No debate da Rede Bandeirantes, Serra mais uma vez silenciou. Instado por Dilma a falar sobre o envolvimento de Paulo Preto no escândalo do sumiço da dinheirama, não respondeu. Mas o pavio de um tema explosivo estava aceso e Serra passou a ser questionado pela imprensa em cada evento que participou. E, quando ele falou, se contradisse, apresentando versões diametralmente diferentes em um período de 24 horas. Na segunda-feira 11, em Goiânia (GO), em sua primeira manifestação sobre o caso, o candidato do PSDB negou conhecer o engenheiro. “Não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (jornalistas) fiquem perguntando.” A declaração provocou uma reação imediata. Na terça-feira 12, a “Folha de S.Paulo” publicou uma entrevista em que o engenheiro, oficialmente um desconhecido para Serra, fazia ameaças ao candidato tucano. “Ele (Serra) me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao País, ele tem que responder. Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam este erro”, disparou Paulo Preto. Serra demonstrou ter acusado o golpe. Horas depois da publicação da entrevista, em evento em Aparecida (SP), o candidato recuou. Com memória renovada, saiu em defesa do ex-diretor do Dersa. Como se jamais tivesse tratado deste assunto antes, Serra afirmou: “Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano. A acusação contra ele é injusta. Ele é totalmente inocente. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”. Aos eleitores, restou uma dúvida: em qual Serra o eleitor deve acreditar? Naquele que diz não conhecer o engenheiro ou naquele que elogia o profissional acusado pelo próprio PSDB de desviar R$ 4 mihões da campanha? As idas e vindas de Serra suscitam outras questões relevantes às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais: por que o tema lhe causou tanto constrangimento? O que Serra teria a temer para, em menos de 24 horas, se expor publicamente emitindo opiniões tão distintas sobre o mesmo tema?
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Ainda está envolto em mistério o que Paulo Preto teria na manga para emparedar Serra. A movimentação do engenheiro nas horas que sucederam o debate da Rede Bandeirantes mostra claramente como ele é influente, poderoso e temido nas hostes tucanas. Conforme apurou ISTOÉ, logo depois do programa, Paulo Preto, bastante irritado por não ter sido defendido pelo candidato do PSDB, começou a telefonar para integrantes do partido. Um deles, seu padrinho político, o ex-chefe da Casa Civil de São Paulo, senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, que deixou o debate logo que o nome do engenheiro foi mencionado. Outras duas chamadas, ainda de madrugada, foram para as residências de um secretário do governo paulista e de um dos coordenadores da campanha de Serra em São Paulo. Nas conversas, Paulo Preto disse que não ia admitir ser abandonado pelo partido. E que iria “abrir o verbo”, caso continuasse apanhando sozinho. Com a defesa de Serra, alcançou o que queria. Para os dirigentes do partido restou o enorme desconforto de passarem o resto da semana promovendo contorcionismos verbais para defender as ações de um personagem que acusavam dois meses antes. Em agosto, o PSDB vivia outro momento político, vários líderes tucanos reclamavam do estilo “centralizador e arrogante” de Serra, tinham dificuldades para arrecadar recursos e vislumbravam uma iminente derrota nas urnas. Agora, disputando o segundo turno e sob a ameaça de Paulo Preto, promovem uma ação orquestrada para procurar desqualificar as denúncias que eles próprios fizeram. “Às vésperas da eleição podemos ganhar o jogo. Portanto, não vou dizer nada a respeito do Paulo Preto”, disse uma das principais lideranças do partido na noite da quarta-feira 13. Esse mesmo tucano, em agosto, revelara detalhes sobre a atuação do engenheiro na obra do trecho sul do rodoanel. “Não é hora de remexer com o Paulo Preto. Isso poderá colocar em risco nossa vitória”, afirmou na manhã da quinta-feira 14 um membro da Executiva Nacional do partido, que em agosto acusara o engenheiro de desviar R$ 4 milhões da campanha. “Em agosto, depois da reportagem de ISTOÉ, procuramos empresários e eles negaram que Paulo Preto tenha pedido contribuições”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Se fez de fato esse movimento, Guerra não teve pressa em revelá-lo. Só foi fazê-lo agora, pressionado pelas declarações do engenheiro.
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O poderoso Paulo Preto - Parte 2

O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra

Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira
Diferentemente do que alegou Serra em sua primeira declaração, Paulo Preto está longe de ser um desconhecido, principalmente nas altas esferas do PSDB. Ele já havia sido alvo de reportagens de veículos como “Veja” (que o chamou de “o homem-bomba do PSDB”) e “Folha de S.Paulo” (leia quadro na pág. 40). Para um político que se apresenta como um gestor atento a todos os movimentos de seus comandados, é difícil crer que o então governador Serra estivesse alheio a notícias envolvendo um dirigente da estatal que executa as principais obras do governo paulista. Além disso, Serra não pode afirmar não ter sido alertado sobre os métodos do engenheiro. Em novembro do ano passado, em e-mail enviado ao então governador Serra, o vice Alberto Goldman já dizia que o ex-diretor do Dersa era “incontrolável”. “Ele (Paulo Preto) é vaidoso e arrogante. Fala mais do que deve, sempre. Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o super-homem.” A mensagem eletrônica também foi remetida ao secretário de Transportes, Mauro Arce, a quem o Dersa é subordinado. “Não tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários”, ponderou Goldman. Os e-mails deixam claro que não estava se falando sobre um funcionário qualquer do governo. Afinal, não é corriqueiro um vice-governador perder tempo discutindo com o governador do maior Estado do País a atuação do funcionário de uma estatal.

Além dos e-mails de Goldman a Serra, as atividades do engenheiro já haviam espantado o tesoureiro-adjunto e ex-secretário-geral do partido, Evandro Losacco. Na reportagem de ISTOÉ, publicada em agosto, Losacco reconheceu que o engenheiro tinha “poder” para arrecadar e confirmou o sumiço dos R$ 4 milhões. “Todo mundo já sabia disso há muito tempo. Essa arrecadação foi puramente pessoal, mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder infelizmente ele tinha.” O “empresariado”, segundo Losacco, entendia que Paulo Preto “tem a caneta”. “No governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso”, disse Losacco na ocasião.
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Apesar dos alertas de Goldman, Paulo Preto ficou no cargo até abril deste ano, tocando a principal obra de São Paulo, o rodoanel. Só foi exonerado quando o próprio Goldman assumiu o governo. Se Serra não explica o porquê da permanência de Paulo Preto à frente da estatal, o próprio ex-diretor do Dersa, na entrevista à “Folha”, fornece alguns dados importantes. Paulo Preto disse que sempre criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas, por ter feito os pagamentos em dia às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o rodoanel, a avenida Jacu-Pêssego e a ampliação da Marginal. “Ninguém nesse governo deu condições de as empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu”, afirmou Paulo Preto. De fato, Paulo Preto teve um peso enorme na gestão tucana em São Paulo. Os contratos administrados pelo engenheiro estavam entre as principais obras do País, somando R$ 6,5 bilhões. De acordo com relatório do TCU, obtido por ISTOÉ, o ex-diretor chegou a pagar às empreiteiras não apenas no prazo, mas também de maneira antecipada. Os auditores do tribunal recomendaram ajustes ao que consideram uma conduta indevida de Paulo Preto, pois sempre há o risco de as empresas receberem todo o pagamento sem garantias de cumprimento das obras.

Nesse enredo nebuloso também chama a atenção o patrimônio milionário do engenheiro. Na declaração de bens de 2009, Paulo Vieira de Souza diz possuir um patrimônio avaliado em R$ 3,4 milhões, sendo R$ 560 mil referentes a imóveis. Dois anos antes, declarou em seu nome um apartamento, três casas e mais três terrenos localizados em áreas nobres das cidades de Campos do Jordão e Ubatuba, num total de R$ 2 milhões, além de um hotel-fazenda. Os valores não estão atualizados, como permite a legislação do Imposto de Renda. Só o apartamento de Paulo Vieira, com 550 metros quadrados, no edifício Conde de Oxford, situado à rua Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição, vale pelo menos R$ 5 milhões, de acordo com corretores. O jeito esbanjador de Paulo Vieira de Souza é apontado por amigos e ex-colegas de trabalho como seu calcanhar de aquiles. Na comemoração de seu aniversário, em 7 de março do ano passado, ele deu uma megafesta na Casa das Caldeiras, uma exclusiva área de eventos em São Paulo. Com motivos árabes, os convidados, inclusive vários tucanos de alta plumagem, se deliciaram com danças de odaliscas e passeios de camelo. A quem quisesse ouvir, Paulo dizia que desembolsou nada menos que R$ 1 milhão com a recepção.

A gestão do orçamento milionário que estava a cargo de Paulo Preto levanta ainda outras suspeitas. Preocupada com o destino desse dinheiro, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público paulista, na tarde da quinta-feira 14, pedindo uma investigação completa. Embora não conste da representação entregue pelo deputado José Mentor ao Ministério Público, uma equipe técnica do PT está debruçada em duas frentes principais de investigação. A primeira busca checar se houve desvio de verbas no rodoanel, com o suposto uso de material de baixa qualidade a preços superfaturados. “Não é possível que uma obra inaugurada há seis meses já precise de reparos, como os que vemos ao longo do trecho sul. Além disso, quando se anda a 80 quilômetros por hora o carro trepida como se estivéssemos numa estrada de terra”, questiona um petista. A desconfiança também recai sobre o processo de desapropriação de imóveis ao longo do anel viário. “Temos informação de que muitas propriedades e terrenos foram renegociados várias vezes”, acrescenta o mesmo parlamentar. Confirmados os indícios que pesam contra Paulo Preto, o PT paulista trabalhará para instalar uma CPI a fim de apurar o caso ainda mais a fundo.
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Seguindo o espírito dos correligionários, que se calaram, Serra argumentou que Dilma, ao trazer o episódio à tona, está se preocupando com uma questão interna das finanças do PSDB, enquanto o caso da Casa Civil envolvia dinheiro público. Isto não é verdade. As arrecadações feitas por Paulo Preto e denunciadas pelo próprio PSDB só se realizaram em razão de obras públicas, financiadas com dinheiro do contribuinte. Além disso, o desvio, se comprovado, caracterizaria a prática criminosa de caixa 2 eleitoral. Por isso, o silêncio, nesses casos, é conveniente tanto para quem arrecadou quanto para as empresas que contribuíram. Há, ainda, indícios de que ele praticava tráfico de influência, já que contratou o escritório Edgard Leite Advogados Associados, banca em que trabalha a sua filha, Priscila Arana. “Paulo Preto contratou a própria filha para defender o Dersa, ao mesmo tempo que advogava para as construtoras. É um aberração, já que era o engenheiro que liberava o dinheiro paras as empresas clientes da filha e do governo”, denuncia o deputado Mentor (PT). Parte das empresas que supostamente fizeram as doações para a campanha do PSDB é representada pelo escritório onde a filha do engenheiro trabalha. “O escritório presta serviço, há mais de dez anos, a praticamente todas as empresas privadas que compõem os consórcios contratados para a execução do trecho sul do rodoanel”, afirma Edgard Leite Advogados em e-mail enviado à ISTOÉ. Mesmo assim, ele alega que são “inconsistentes e maldosas as tentativas de vincular o nome do escritório com qualquer ilicitude”. Os advogados confirmam ainda que a filha de Paulo Preto é funcionária da empresa desde 2006, ano em que o engenheiro assumiu o cargo de direção do Dersa. Sobre a defesa da empresa pública, o escritório diz que “jamais foi contratado pelo Dersa”. Não é, entretanto, o que mostra o processo judicial TC-011868/2007-6 sobre uma disputa jurídica entre o DNIT e o Dersa. Na peça, o nome de Priscila Arana aparece como advogada constituída para defender a estatal.
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Ao longo da campanha presidencial, o candidato do PSDB, José Serra, tem mostrado crescente irritação com o trabalho da imprensa. A intolerância de Serra a críticas é bastante conhecida. Durante o primeiro turno, a candidata do PV, Marina Silva, chegou a registrar a relação conflituosa do tucano com o ofício dos jornalistas. “Existem duas formas de tentar intimidar a imprensa”, disse Marina. “Uma é aquela que vem a público e coloca de forma infeliz uma série de críticas. Outra é aquela que, de forma velada, tenta agredir jornalistas, pedir cabeça de jornalista, o que dá na mesma coisa, porque o respeito pela democracia e pela liberdade de imprensa é permitir que a informação circule”, afirmou a candidada. Segundo Marina, Serra “constrange e tenta intimidar jornalistas”. Os ataques sucessivos de Serra, porém, vêm sendo tratados com inexplicável compreensão por alguns setores. Quando o presidente Lula criticou a imprensa, suas opiniões foram encaradas como um atentado à liberdade de expressão e às ins­tituições democráticas. Já o presidenciável tucano, medido por uma régua diferente, faz a mesma coisa, mas não é acusado de nada disso. Veja exemplos recentes da animosidade de Serra.
VALOR ECONÔMICO
Na terça-feira 13, em Porto Alegre (RS), Serra criticou a imprensa e acusou o jornal “Valor Econômico” de atuar em favor de Dilma Rousseff. “Seu jornal faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral”, disse Serra ao repórter Sérgio Bueno. Ele ficou irritadíssimo quando questionado sobre o ex-assessor Paulo Vieira de Souza e se deu ao direito de determinar qual o assunto deveria ser tratado pela reportagem do “Valor”. “Eu sei que, no caso, vocês não têm interesse na Casa Civil, naquilo que foi desviado. Seu jornal, pelo menos, não tem. Agora, no nosso caso, nós temos.” Neste momento, o ex-candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Fogaça, que acompanhava Serra, cochichou-lhe no ouvido alguma coisa sobre supostas tendências políticas do repórter. “Quem, ele? Mas o “Valor” também é meio assim, não é só ele não”, disse Serra. Mais tarde, a diretora de redação do Valor, Vera Brandimarte, lamentou a atitude do tucano: “Todos os candidatos devem estar dispostos a responder questões, mesmo sobre temas que não lhes agradem”, ponderou.

FOLHA DE S.PAULO
Em 28 de setembro, em vez de responder à pergunta de um jornalista da “Folha de S.Paulo”, em Salvador (BA), Serra preferiu partir para o ataque. “Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a (sua) estratégia?”, perguntou o repórter Breno Costa. “Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez”, respondeu Serra. O presidenciável referia-se à reportagem publicada pelo jornal três dias antes com dados negativos sobre sua gestão no governo de São Paulo. Em nota, a direção da campanha do tucano afirmou que os trechos levantados pela reportagem eram “irrelevantes” e acusou a “Folha” de “desinformar” o leitor e de “apostar na máxima petista de pregar que todos são iguais e cometem os mesmos equívocos na ação governamental”.

CNT – MÁRCIA PELTIER
No dia 15 de setembro, Serra irritou-se durante gravação e ameaçou deixar o programa “Jogo do Poder”, da CNT, apresentado por Márcia Peltier. Ele não gostou de perguntas feitas e depois de dizer que estavam “perdendo tempo” com aqueles assuntos, passou a discutir com Márcia. Disse que, em vez de tratarem do programa de governo, estavam repetindo “os argumentos do PT”. Em seguida, levantou-se para deixar o estúdio. “Não vou dar essa entrevista, você me desculpa. Faz de conta que não vim”, disse Serra, reclamando que a entrevista não era um “troço sério”. Logo depois, pediu que os equipamentos fossem desligados e disparou: “Isso aqui está um programa montado.” A apresentadora negou com firmeza a acusação e teve uma conversa reservada com Serra. Só então o candidato aceitou voltar ao estúdio.
CBN – MIRIAM LEITÃO
Em 10 de maio, durante entrevista matinal à rádio CBN, Serra manteve uma ríspida discussão com a jornalista Míriam Leitão. Ao participar da entrevista realizada em São Paulo, Míriam perguntou, por telefone, se o presidenciável respeitaria a autonomia do Banco Central
ou se presidiria também a instituição, caso vencesse a eleição. Serra primeiro respondeu que a suposição da jornalista era “brincadeira”. Na sequência, demonstrou que seu grau de irritação não parava de aumentar: “Você acha isso, sinceramente, que o Banco Central nunca erra? Tenha paciência!” Questionado se interviria na instituição ao se deparar com um erro, Serra interrompeu Míriam: “O que você
está dizendo, vai me perdoar, é uma grande bobagem.”

Colaborou Alan Rodrigues
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