Relato do ato do dia 2 - Em tempos de  democracia militar  
 
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A noite dia 2 de junho cerca de 300 pessoas do  movimento que luta quatro semanas pela redução das tarifas de ônibus de  Florianópolis foram impedidas de fazer uma manifestação pelas ruas da  cidade pela policia militar sob comando do Tenente Coronel Newton  Ramlow. 
Por volta das 19:00 a  policia militar municiada com armas ?não letais? cercou os manifestantes  na frente do Terminal Integrado do Centro , uma comissão de alguns  manifestantes tentaram negociar a passagem da manifestação a resposta  foi que a manifestação não poderia seguir por ordem da Secretaria de  Segurança Pública. A partir desse momento o cerco se fechou ainda mais e  qualquer pessoa que tentasse se juntar a manifestação era impedida. 
Durante  o cerco policial que durou mais de 2 horas os policiais agrediram  verbal e fisicamente os manifestantes que tentavam sair, numa tentativa  de fazer uma ciranda um manifestante foi agredido com um soco no  estomago por um dos policiais militares, após um pequeno tumulto gerado  pela truculência policial os manifestantes fizeram a ciranda e depois  conseguiram chegar até a entrada da Rua Jeronimo Coelho. 
Em uma  ação de tentar criminalizar os manifestantes um policial infiltrado  passou um morteiro (fogo de artifício) para um policial que estava na  frente dos jornalistas dos veículos convencionais que rapidamente  fotografaram e filmaram o artefato. 
Um manifestante foi detido,  segundo a policia, por arremessar uma garrafa contra os policiais,  pessoas que passavam perto mercado publico relataram que os policiais do  PPT ao deter o rapaz, o encapuzaram e passaram a espancá-lo, só parando  com seção de tortura quando notaram que estavam sendo observados. 
Durante  todo cerco policial o CMI e demais jornalistas independentes foram  impedidos de chegar aos manifestantes sob alegação que éramos imprensa e  sim manifestantes ?infiltrados?, o que mostra o alto grau de paranoia  militar. 
Após o término da manifestação em uma entrevista dada  ao jornalista Fernando Evangelista o Tenente Coronel Newton Ramlow,  afirmou que ação policial foi um tapinha na bunda no movimento, como que  um pai dá em um filho para que ele se organize e não repita o  vandalismo da ultima quinta onde vidros do banco Santander e BESC foram  quebrados. 
O Tenente Coronel Newton Ramlow é mesmo que ano  passado ao ser denunciado pelo deputado Amauri Soares por fazer campanha  para o prefeito Dário Berger dentro do quartel da PM, fez a seguinte  declaração: O deputado Soares me odeia, porque eu combato os movimentos  sociais de Florianópolis. 
Para aqueles que lutam pelo direito a  cidade todos os conflitos com a polícia e danos ao patrimônio que  polícia atribui aos supostos infiltrados, é consequência de uma revolta  espontânea e justa gerada pela covardia do prefeito Dário Berger que se  esconde atrás polícia para não debater com a população os problemas do  transporte coletivo privado que até hoje só visam os lucros dos  empresários, enquanto a população refém da relação promiscua entre  empresariado e prefeitura tendo seu direito a cidade lesado com alto  valor das tarifas, superlotação e diminuição de horários. 
Os  supostos infiltrados que a polícia e imprensa convencional diz ser  pessoas de fora não existem, eles e elas são são aqueles/as que nasceram  ou escolheram Florianópolis para morar e que constroem com suor essa  cidade, os supostos infiltrados é povo em demonstrando sua digna raiva,  são aqueles e aquelas que passam horas nos pontos de ônibus, são  transportados como gado e tem que pagar muito caro por isso. 
A  política de xenofobia da classe política conservadora e do comando da  polícia expressa nas declarações do Tenente Coronel Newton Ramlow nada  mais é que uma tentativa esconder o sujo jogo político feito pelos  empresários, oligarquias e empresários cada vez mais evidente para todo  povo e Florianópolis.
Por  Libertario 
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