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sábado, 19 de março de 2011

@@@ Dilma e Obama inauguram uma relação “entre iguais”.



“Os Estados Unidos asseguram que sua relação com o Brasil deve ser “entre iguais”, em uma nova visão – ou pelo menos um novo discurso –, que poderá ser vista com a visita do presidente Barack Obama no final de semana ao país. A primeira coisa que muda é o discurso e, segundo Clovis Brigagão, diretor do Centro de Estudos das Américas, o dos Estados Unidos em relação ao Brasil já começou a mudar, antes do primeiro encontro oficial de Obama com a presidente Dilma Rousseff, que ainda não completou três meses no poder.

“As relações entre os dois países, em qualquer área, devem ser uma relação entre iguais e a esfera destas relações é de ordem global”, destacou o embaixador norte-americano em Brasília, Thomas Shannon, à revista Isto É. Brigagão destacou à IPS que as bases pragmáticas para a mudança de discurso estão na “Folha informativa sobre a relação econômica entre Estados Unidos e Brasil”, divulgada pela Casa Branca por ocasião desta viagem de Obama a Brasília e Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20, antes de seguir para Chile e El Salvador.

“As principais economias e democracias do hemisfério ocidental compartilham uma das relações comerciais e econômicas mais importantes do mundo. O Brasil é nosso décimo sócio comercial”, diz o documento do escritório de Obama. “O Brasil é um protagonista mundial emergente e um importante centro econômico”, acrescenta, e recorda que o produto interno bruto brasileiro subiu em 2010 para US$ 2 trilhões, o que o coloca como sétima potência econômica mundial, representando 60% do produto total sul-americano.

“O Banco Central brasileiro está preocupado com o excessivo crescimento do país. É um problema que todos gostaríamos de ter”. Assim, Charles Shapiro, conselheiro para as iniciativas econômicas na América Latina do Departamento de Estado, resumiu a visão de Washington.

Marcos Azambuja, vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, disse à IPS que Obama “é um bom vendedor de si mesmo” e saberá plasmar esse interesse durante sua visita, para alcançar objetivos internos. Trata-se de mostrar a um eleitorado que se afasta de sua capacidade de realizar acordos importantes para apoiar a debilitada economia norte-americana e sua popularidade em um país como o Brasil, com metade de sua população afrodescendente e que “o receberá com naturalidade e afeto por sua etnia”, explicou.

No Rio de Janeiro, Obama terá atividades incomuns em suas viagens ao exterior, como um grande ato público em uma praça da cidade, falando “ao povo brasileiro”, segundo destacou a embaixada norte-americana. Também visitará uma favela e subirá até o Cristo Redentor, emblema da cidade. “Temos condições de renovar a relação com os Estados Unidos e elevá-las a um nível de maior interação, de cooperação em benefício mútuo e de ordem multipolar, baseado na busca do desenvolvimento e de soluções globais”, sintetizou o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

Trata-se de uma cooperação vinculada a setores estratégicos. Com as rebeliões sociais e políticas em países árabes, para os Estados Unidos é vital garantir fontes confiáveis de fornecimento de petróleo, por exemplo. Diante da descoberta no Brasil de novas jazidas petrolíferas marinhas a grande profundidade, que podem converter o país em um dos principais exportadores mundiais, as empresas norte-americanas estão interessadas em participar deste desenvolvimento, após ficarem atrasadas em relação às chinesas.”

Matéria Completa, ::Aqui::

Um comentário:

  1. realmente uma loucura o país parar pelo Obama. A relação "entre iguais" começa com o governo populista dele e do PT, mas difere-se nas intenções da visita. O Brasil achando que os EUA estão bem intencionados e querem investir no país para que creçamos, ainda que maquiadamente. Já os EUA tem interesse diverso, por meio de um estratagema bem montado, vieram analisar o que podem tirar de nosso pobre país!

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