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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

@@@Dossiê Wikileaks>>



Quem odeia mais Julian Assange?

 Wikileaks fornece um retrato mundial onde ninguém sai ileso e apresenta um planeta tão apodrecido que a podridão norteamericana até se dilui e resulta um pouco menos nojenta. Um retrato, aliás, que põe no alvo precisamente aqueles países contra os quais os EUA vêm apontando. Não sei se o melhor ainda está por vir, se os telegramas trarão novidades, se tudo passa pelo filtro dos jornais que recebem informação exclusiva, ou se têm razão as teorias conspiratórias que já circulam na internet. O certo é que, até agora, quem parece ter menos motivos para odiar Assange são os....Estados Unidos.

No fim das contas, acreditamos que no longo prazo tudo isso não terá um impacto negativo sobre o poder ou o prestígio dos Estados Unidos”.Geoff Morrell, portavoz do Pentágono

Não gostaria de estar na pele de Julian Assange, fundador de Wikileaks, cuja cabeça foi posta a prêmio. Sabemos que a Interpol está atrás dele, que o governo dos Estados Unidos quer trancafiá-lo e a ultradireita do Tea Parthy executá-lo. Mas Assange não só vai ficar sem poder ir de férias aos EUA por uma boa temporada. Do jeito que vão as coisas, ele não poderá por o pé em quase nenhum país do mundo.

O chamado cablegate apresenta-se com um jogo de pulso entre os EUA e Assange, mas na verdade, se tomamos o que tem sido publicado, o governo norteamericano não parece o mais prejudicado. Sim, é verdade que os deixou envergonhados, obrigou-os a dar explicações a seus aliados e a recompor seus sistemas de comunicação e sua rede de informantes. Mas tirando isso, e a confirmação do que todos sabíamos – que os EUA espionam em defesa de seus interesses -, não fica muito atrás em comparação ao que se conta sobre outros países.”


Isaac Rosa, Público / Carta Maior
Tradução: Katarina Peixoto
Artigo Completo, ::Aqui::



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Criador do Wikileaks entra para lista de procurados da Interpol

UOL

“O australiano Julian Assange, o principal nome por trás da organização especializada em divulgar documentos secretos Wikileaks, entrou para a lista de "procurados" da Interpol, acusado de "crimes sexuais".

Segundo ficha disponível no site da agência policial internacional , o mandado de prisão contra Assange teria origem em Gothenburg, na Suécia. Na mesma página, a Interpol solicita informações sobre o australiano.

Segundo agências de notícias, Assange apelou nesta terça-feira (30) à Suprema Corte da Suécia para impugnar a ordem de prisão emitida pela Justiça sueca contra ele por acusações de agressão sexual.
Em 18 de novembro, a Justiça sueca emitiu uma ordem de prisão contra Assange para interrogá-lo por "suspeitas razoáveis de violação, agressão sexual e coerção" por fatos ocorridos em agosto.

O advogado do fundador do WikiLeaks recorreu da decisão, mas esta foi confirmada na apelação. A única alternativa que restava era a Suprema Corte.”
Matéria Completa, ::Aqui::

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Amazon não hospeda mais o site do Wikileaks

Reuters

“A Amazon.com deixou de hospedar o site do WikiLeaks, que publicou diversos documentos secretos dos Estados Unidos esta semana.

Foi o que afirmou nesta quarta-feira o presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado norte-americano, Joe Lieberman.

Na terça-feira, funcionários de Lieberman consultaram a Amazon sobre notícias de que o WikiLeaks teria pedido para hospedar seu site nos servidores da Amazon após sofrer um ataque de hackers.

Não foi possível contatar a Amazon para comentar as informações.”

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Aula de imperialismo contemporâneo

 

Emir Sader, Carta Maior / Blog do Emir

“Os EUA se tornaram uma potência imperial na disputa pela sucessão da Inglaterra como potência hegemônica, com a Alemanha. As duas guerras mundiais – tipicamente guerras interimperialistas, pela repartição do mundo colonial entre as grandes potências, conforme a certeira previsão de Lenin – definiram a hegemonia norteamericana à cabeça do bloco de forças imperialistas.

No final da Segunda Guerra, os EUA tiveram que compartilhar o mundo com a URSS – a outra superpotência, não por seu poderio econômico, mas militar, que lhe dava uma paridade política. Foi o período denominado de “guerra fria”, que condicionava todos os conflitos em qualquer zona do mundo, que terminavam redefinidos no seu sentido no marco do enfrentamento entre os dois grandes blocos que dominavam a cena mundial.

Nesse período os EUA consolidaram seu poderio como gendarme mundial, poder imperial que tinha se iniciado na América Latina e o Caribe e que se estendeu pela Europa, Asia e Africa. Invasões, ocupações, golpes militares, ditaduras – marcaram a trajetória imperial norteamericana. Montaram o mais gigantesco aparelho de contra inteligência, acoplado a um monstruoso aparato militar.

Terminada a guerra fria, com a desaparição de um dos campos e a vitória do outro, esses mecanismos não foram desmontados. A OTAN, nascida supostamente para deter o “expansionismo soviético”, não foi desmontada, mas reciclada para combater os novos inimigos: o “terrorismo”, o “islamismo”, o “narcotráfico”, etc.

Os documentos publicados confirmam tudo o que os aparentemente paranoicos difundiam sobre os planos e as ações dos EUA no mundo. Eles são a única potência global, aquela que tem interesses em qualquer parte do mundo e, se não os tem, os cria. Que pretende zelar pela ordem norteamericana no mundo, a todo preço – com ameaças, ataques, difusão de noticias falsas, ocupações, etc., etc.

Qualquer compreensão do mundo contemporâneo que não leve em contra, como fator central a hegemonia imperial norteamericana, não capta o essencial das relações de poder que regem o mundo. A leitura dos documentos é uma aula sobre o imperialismo contemporâneo.”

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A lista de compras do império

 


“Se os Estados unidos fizessem uma lista de compras – apenas o essencial para a manutenção do seu poderio estratégico, como ela seria?

A resposta está em um longo documento publicado na noite de domingo pelo site WikiLeaks.

O documento mostra que o Departamento de Estado americano pediu que diplomatas em todo o mundo fizessem uma lista da infraestrutura e recursos imprescindíveis aos EUA nos países onde trabalham.

O telegrama, enviado em 18 de fereveiro de 2009, mostra uma primeira versão do que seria chamado de Iniciativa de Dependência Crítica de Infraestrutura estrangeira. Detalha todos os locais considerados etsratégicos para a sobrevivência dos EUA – de cabos de telefonia a minas. Fazem parte da lista por exemplo o gasoduto Nadyn, na Rússia, descrito como “o gasoduto mais importante do mundo”. A empresa MacTaggart Scott, na Escócia, é relatada como “crítica” para os submarinos nucleares”.

No Brasil, a principal preocupação dos EUA é com cabos de trasnsmissão submarinos em Fortaleza (Americas II e GlobeNet), e com as minas gerenciadas pela britânica Rio Tinto Company em Minas Gerais e Rio de Janeiro – elas fornecem minério de ferro – e com a Mina Catalão I, em Goiás (explorada pela Anglo American), que fornece nióbio, usado orincipalmente em ligas de aço. Até a Venezuela tem infraestrutura crítica para os EUA: são os cabos submarinos Americas-II, que passa por Camuri e GlobeNet, que passa por Punta Gorda, Catia La Mar, e Manonga.

O Departamento de Estado – já sob a administração de Hillary Clinton – pediu que os funcionários das embaixadas adicionassem quaisquer infraestruturas que considerassem essenciais, assim como “qualquer informação que mostre que a infraestrutura ou recursos críticos seja um alvo de fato ou esteja especialmente vulnerável por conta de circunstâncias naturais”. Mais do que que isso. Como mostra o telegrama, a coisa toda teria que ser feita em segredo: “não estamos pedindo que as embaixadas consultem os governos a respeito desse pedido”. Mais uma prova de que as embaixadas americanas no mundo fazem principalmente trabalho de inteligência.

Outro telegrama, enviado pela embaixada dos EUA no Qatar no dia 26 de março de 2009, revela também como o governo americano se importa com a segurança de cada uma dessas instalações. Por exemplo, os EUA procuram oferecer apoio financeiro para esses países, ou oferecer tecnologia e serviços americanos na proteção desses locais.

O documento é classificado como secreto, a mais forte classificação dentre os documentos obtidos pelo WikiLeaks – que não contém documentos “top secret”. Mesmo assim, cerca de 1,5 milhão de funcionários americanos tinha acesso a ele.”

Natalia Viana, CartaCapital

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WikiLeaks cita locais vitais aos interesses dos EUA

Reuters

“O site WikiLeaks divulgou detalhes sobre lugares em todo o mundo que os Estados Unidos consideram ser vitais para seus interesses, motivando críticas de que estaria ajudando militantes a identificar alvos para ataques.

Os detalhes fazem parte dos 250 mil despachos diplomáticos obtidos pelo website e que estão sendo levados a público.

A lista começa com uma mina de cobalto na República Democrática do Congo e faz referência a vários locais na Europa onde empresas farmacêuticas produzem insulina, soro antiofídico e vacinas contra febre aftosa.

No Oriente Médio, os documentos notam que até 2012 o Catar será a maior fonte de gás natural liquefeito (GNL) e aludem também à instalação de Abqaiq, na Arábia Saudita, a maior usina mundial de processamento e estabilização de petróleo.

A Al Qaeda lançou um ataque mal-sucedido contra Abqaiq em 2006, e houve avisos de que o documento vazado pelo WikiLeaks, contendo tantos alvos delicados, poderia ser útil a militantes.

O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse a jornalistas em Washington "condenar nos termos mais fortes o vazamento da informação".

"O próprio povo norte-americano foi colocado em risco por essas ações, que acredito serem arrogantes, equivocadas e que afinal de contas não irão ajudar em nada", afirmou.”
Matéria Completa, ::Aqui::

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