“Acompanhei, passo a passo, o surgimento das redes sociais no Brasil.  Egresso de uma época em que, para a esquerda, era dificílimo fazer  política por falta do que sobrava à direita, isto é, os meios de se  comunicar com a sociedade, cheguei a acreditar em que o acesso que agora  a mesma esquerda tinha à comunicação deixaria a direita fora do poder  por muito tempo.
O inacreditável caso Palocci mostra que me enganei. Nem a esquerda tendo  agora meios de se comunicar – como os blogs, o Orkut, o Facebook, o  Twitter e congêneres –, mostra-se capaz de superar a sua deficiência  histórica que a ditadura militar tão bem detectou: esquerdistas só se  unem na cadeia, ou seja, exclusivamente em situações-limite.
A mais nova crise política no governo federal petista, depois de oito  anos de crises da mesmíssima natureza e desencadeadas exatamente da  mesma forma, apesar de feita de puro vento foi vitaminada pelo moralismo  de salão de setores da esquerda, pela luta por espaço dentro do PT e  porque a direita ainda é infinitamente mais poderosa na comunicação.
O Brasil conseguiu um feito extraordinário durante o governo Lula. Feito  que está na origem da volta dos mesmos ataques virulentos ao governo  Dilma que foram desfechados contra o governo de seu antecessor. Lula  promoveu uma incrível distribuição de renda em curto espaço de tempo e,  vendo que Dilma pretendia seguir-lhe os passos, a direita voltou ao  ataque.”
Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania 
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